«1. Banco de Portugal: das assinaturas do Financial Times às
esculturas
O Banco de Portugal é objeto do escrutínio do Má
Despesa Pública. Em janeiro deste ano, relata o livro, a instituição
gastou 35 mil euros num filme sobre A Vida da Nota. Entre 2009 e 2011
o Banco gastou 166.582 euros na produção de filmes para suportes de
reuniões ou para apoio didáctico. Mas nem só de audiovisuais vive
a instituição. "No Banco de Portugal é possível que todos os
colaboradores sejam obrigados a ler o Financial Times de uma ponta à
outra. É que em agosto de 2011 foram contratadas assinaturas anuais
do jornal inglês no valor de 15 mil euros", pode-se ler no
livro. Entre novembro de 2011 e fevereiro de 2012 o BP também pagou
21 mil euros por uma obra de Fernanda Fragateiro em dois ajustes
directos.
2. ANA Aeroportos: mais de 700 mil euros numa ciclovia
Em
2009 a ANA Aeroportos pagou 767 mil euros para a construção de uma
ciclovia entre Chelas e o Parque das Nações. Nesse mesmo ano, o
jantar de Natal custou 83.022 euros. "Uma boa notícia para quem
ganhar a privatização: vai ficar bem instalado. Em dezembro de 2010
foram gastos quase 500 mil euros na reformulação de gabinetes."
3. Carros e mais carros
"As empresas públicas
gastaram qualquer coisa como 6,4 milhões de euros com os 224
automóveis atribuídos aos gestores públicos que estão à frente
de um universo de 62 empresas. A informação, relativa a 2010, é da
responsabilidade da Direção-Geral do Tesouro e das Finanças. Das
63 empresas do sector empresarial do Estado analisadas,
totalizaram-se 224 carros para os respetivos conselhos de
administração. Mais de metade dos veículos são das marcas
Mercedes, BMW e Audi", pode-se ler no Má Despesa Pública.
4. Transportes Públicos: Do filme que nunca foi visto, às
borlas de viagens ao Metro que nunca avançou
Na Soflusa
(empresa do grupo Transtejo), relata o Tribunal de Contas (TC), foi
gasto em 2010 26.595 euros num filme de segurança e suportes para a
sua transmissão nos navios. "Todavia esse filme não era
passado aos passageiros nas viagens", constata o TC. Entre 2008
e 2009 circularam gratuitamente nas carreiras do grupo 219 mil
passageiros. Aplicando o valor do bilhete simples, significa que as
empresas terão deixado de arrecadar 337 mil euros", revela o
livro. E quem circula sem pagar? "Elementos da Polícia
Marítima, familiares dos trabalhadores dessas empresas, bem como
trabalhadores das outras empresas operadoras de transporte público
urbano."
O Má Despesa também traz o caso do Metro do Mondego. A decisão
de avançar com o metro de superficíe ligando os concelhos de
Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã foi tomada em 1996. Em novembro do
ano passado o executivo deu por suspenso o projeto. Em 15 anos "foram
gastos quase 104 milhões de euros, dos quais 10 milhões com estudos
e projetos."
5. As câmaras, obras de arte, cadeiras e
embelezamento de rotundas
A Câmara Municipal de Oeiras pagou
ao artista Pedro Cabrita Reis 1,25 milhões de euros por uma
escultura. Já em Serpa a remodelação da sala de sessões dos Paços
do Concelho custou 85 mil euros. "Só as 42 cadeiras que agora
estão na sala tiveram um custo total de mais de 37 mil euros".
Ou seja, mais de 800 euros por cadeira.
No concelho de Baião em novembro do ano passado foi gasto 150 mil
euros por ajuste directo para o arranjo paisagístico da rotunda de
entrada na Vila. No final do ano passado, o concelho também
desembolsou 606.469 euros na construção de um parque subterrâneo
para 70 viaturas. A Vila tem cerca de 2.800 habitantes e o concelho
cerca de 20 mil. Em 2010, garantia a TVI, lembra o livro, "um em
cada 10 habitantes recebia o rendimento social de inserção".».
Artigo completo aqui.
Um exemplo de péssima despesa pública - além de ilegal - é qualquer tostão gasto a escrever em português mutilado, ou acordês.
ResponderEliminarNão há o menor motivo para se mudar a ortografia e o dito acordo foi chumbado por todos os pareceres oficiais, entre os quais o da Direcção-Geral do Ensino Básico Secundário.
além de ilegal é ridículo!
EliminarE fora o que se não sabe, este país é gerido por corruptos, estão no governo para se governar e não governas o país
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