sexta-feira, 3 de março de 2017

Fóios, qual é a explicação para isto?





Um leitor enviou-nos a seguinte denúncia:
"Venho por este meio denunciar uma situação que decorre na freguesia de Fóios, concelho de Sabugal, distrito da Guarda. Há mais de 20 anos foram plantados alguns castanheiros e outras árvores, na zona entre o limite da Freguesia de Fóios e a fronteira com Espanha, numa zona atravessada pela estrada que dá acesso à muito visitada nascente do rio Côa. Tendo em conta o grande porte das árvores plantadas há várias décadas, era habitual os pastores passarem com os rebanhos por esta zona, prática esta que é incentivada pelas boas práticas ambientais, pois os animais alimentam-se dos arbustos, eliminando boa parte do combustível, que alimenta incêndios e permitindo um melhor crescimento das árvores plantadas. Acontece que a junta de freguesia de Fóios tem uma ideia diferente: apesar de estarmos a falar de árvores de grande porte, proibiu o pastoreio nessa zona alegando que se tratam de "árvores jovens". Isto demonstra, por um lado o total desconhecimento da importância dos herbívoros no controlo da vegetação, e por outro constitui um grave atropelo à verdade, verdade essa exposta para quem a queira ver. Em anexo envio-lhes fotos. Desafio-os a encontrar a tal "plantação jovem". 
Outra questão que me deixou indicando, foi reparar nas "marcas dos madeireiros" em muitos dos pinheiros que ladeiam a dita estrada, que dá acesso à nascente do rio Côa. Estas marcas são habitualmente feitas pelos madeireiros, retirando um pedaço da casca do pinheiro, ficando o dito marcado para abate. Ora, numa zona onde se gasta uma fortuna para manter 5 sapadores florestais, que primam pela incompetência, e que ninguém controla a quantidade e qualidade do trabalho feito, agora vão também destruir uma zona de pinhal consolidada e saudável? Não faria mais sentido manter aquilo que já existe e que constitui uma riqueza natural? Estando numa zona montanhosa e com um declive acentuado, pretendem com estas medidas acentuar a erosão dos solos? Espero que possam agir ,e que chamem esta gente iletrada à razão. O facto de estarem numa posição de poder, não lhes dá direito de destruir o ambiente que os rodeia, e que deveria ser protegido para que possa ser usufruído pelas gerações vindouras."

1 comentário:

  1. Se em vez publicar o seu comentário perguntasse à J.F. Foios, ficava esclarecido e evitava todo este "drama". Há 20 anos o ICNF não existia. Se permitirem a entrada de gado nos povoamentos jovens é dinheiro e tempo perdido. As preocupações deviam resultar mais em saber que espécies foram plantadas. No acesso à nascente do Rio Côa não havia árvores mas matos. Sei e é lamentável é que existem povoamentos com eucaliptos na zona de fronteira que refere.

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