Legislativas de 2015: A doença da abstenção

Fonte: MAI     PPD/PSD.CDS-PP	36,83% 1.979.132 votos	99
PS	32,38% 1.740.300 votos	85
B.E.	10,22% 549.153 votos	19
PCP-PEV	8,27% 444.319 votos	17
PPD/PSD	1,51% 81.054 votos	5
PAN	1,39% 74.656 votos	1
Mandatos atribuídos: 226 Mandatos por atribuir: 4   Votantes: 56,93%   5.374.363 votantes  9.439.651 inscritos   EM BRANCO:       2,09%  »112.293 votos NULOS: 1,61%  »86.571 votos

Já sabe em quem vai votar?

O Má Despesa, como grupo independente de partidos que é, absteve-se nas últimas semanas de comentar a campanha e as propostas eleitorais e eleitoralistas. No entanto, não nos vamos abster, no próximo domingo, de votar. Se ainda está no grupo de indecisos, sugerimos que faça este teste da Bússola Eleitoral. No domingo, não pode é ficar em casa.

MAI: Porque não houve concurso público para isto?

O Ministério da Administração Interna (MAI) fez um ajuste directo de montante superior a 600 mil euros (606.000,00€ +IVA) para serviços de  "Escrutínio Provisório - Implementação da plataforma eleitoral e Acompanhamento do processo eleitoral (Eleições para a Assembleia da República – 2015 e Presidente da República – 2016, incluindo uma eventual 2ª volta)". Os concursos públicos são uma chatice.

Já sabe em quem votar nas Europeias?

Há quem preveja que a taxa de abstenção nas eleições europeias possa chegar aos 70 por cento – o que seria um péssimo sinal sobre o desinteresse da maioria dos portugueses em relação aos políticos que nos representam no Parlamento Europeu.
Para ajudar os cidadãos indecisos ou que pretendem testar o seu posicionamento político, foi colocado online o EUVOX 2014. Trata-se de aplicação apartidária que pretende envolver os eleitores nas próximas eleições ao Parlamento Europeu, informando-os das opiniões dos partidos políticos e consequentemente do partido que mais se aproxima das suas preferências. Esta plataforma é extremamente acessível e fácil de usar.  
Em Portugal o EUVOX foi desenvolvido em parceria com Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e o Instituto de Políticas Públicas Thomas Jefferson-Correia da Serra do ISEG-UTL, sob coordenação científica de Marina Costa Lobo.

Direcção-geral da Administração Interna é um caso de polícia

As eleições autárquicas decorreram a 29 de Setembro de 2013. No entanto, o contrato para a criação da campanha de publicidade que iria sensibilizar os portugueses a participarem no acto eleitoral só foi assinado a seguir às autárquicas, a 8 de Outubro, isto apesar de ter estado no ar nas semanas que antecederam as eleições. Como se não chegasse, o referido contrato só foi publicado no portal Base a 7 de Janeiro de 2014. São assim os procedimentos lá para os lados da Direcção-geral da Administração Interna.

Contribuintes vão pagar a campanha para as legislativas

Quanto é que os partidos pretendem gastar na próxima campanha eleitoral para as legislativas? A resposta é dada pelo Tribunal Constitucional. Quem vai pagar praticamente a campanha toda vão ser os contribuintes.

PS: Prevê gastar 2,2 milhões de euros, dos quais 2 milhões de euros provenientes da subvenção estatal e 200 mil euros de contribuições do partido. A maior fatia do 'bolo' está reservada para comícios e espectáculos (896 mil euros).

PSD: 1,99 milhões de euros (1,8 milhões provenientes da subvenção estatal e 190 mil da angariação de fundos). 779 mil euros são para comícios e espectáculos.

CDU: 995 mil euros (920 mil euros da subvenção estatal, 45 mil euros de contribuição dos partidos (PCP e PEV) e 30 mil euros de angariação de fundos.

Bloco de Esquerda: 704 mil euros (686 mil dos quais prevê serem provenientes da subvenção estatal e 18 mil da angariação de fundos)

CDS-PP: 700 mil euros (700 mil euros de subvenção estatal)

PCTP/MRPP prevê gastar 80 mil euros, seguido do PDA -- Partido Democrático do Atlântico, com 40 mil euros, do MPT -- Partido da Terra, com 20 mil euros, e do MEP, com 10 mil euros. O PND apresentou um orçamento de 9.980 euros, o PAN prevê gastar nove mil euros, o Partido Humanista cinco mil, o Partido pro Vida dois mil euros, o POUS 1.950 euros e o PNR 1.700 euros. (Fonte: Lusa)

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Quanto custaram os tempos de antena das presidenciais

Dois milhões de euros para as TVs e rádios ao qual acresce o financiamento público para os candidatos. Mesmo assim, "apenas" 46.52% dos portugueses votaram nas últimas presidenciais (Fonte: Jornal de Negócios)

Petição Por uma campanha eleitoral sem custos para as finanças públicas

"Pede-se aos partidos políticos concorrentes às eleições legislativas de 2011 que abdiquem voluntariamente da utilização de qualquer financiamento público para os custos da campanha eleitoral, aderindo assim à campanha “Custo Zero”" (Assina a petição aqui)