sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Denúncia dos leitores: Oito casos mal explicados no Inatel


A propósito das denúncias apresentadas sobre o despesismo do INATEL, o Má Despesa Pública recebeu vários e-mails com informação que relata exemplos de má gestão de dinheiros públicos. Apesar de não termos como provar ou investigar os factos, partilhamos com os nossos leitores já que poderão ser um sinal do que se passa em institutos e fundações públicas. Aqui ficam alguns exemplos de algumas denúncias da exclusiva responsabilidade dos leitores do Má Despesa.

1. Vítor Ramalho, presidente do INATEL, usa o veículo da fundação em deslocações ao serviço do partido, denunciou um leitor. Vítor Ramalho foi eleito presidente da Federação Distrital do PS de Setúbal em Outubro de 2010

2. Segundo outro leitor, quando a actual administração tomou posse comprou tudo novo: carros, gabinetes, mobiliário, equipamentos. Afinal, a história das cadeiras e das estantes poderá ser apenas a ponta do icebergue.

3. Contratações/Promoções. Rogério Fernandes, que será quem na prática preside à Fundação, andou a "despachar" para a pré-reforma todos os que não diziam "sim a tudo" para depois entrarem para esses lugares “amigos e amigas” ligados ao partido. Os concursos internos que aparecem ou são para cargos mal remunerados ou então são mera fachada para colocar pessoas já escolhidas, denunciou outro leitor.

4. Foram apresentadas várias dúvidas sobre os fornecedores de serviços, nomeadamente, nas direcções de Marketing (João Barata), Desporto (Luís Grosso), Turismo e Hotelaria (Serrano, “amiga” e Luís Ramos), Projectos Especiais (Calarrão) e Cultura (viagens ao estrangeiro, estadias em hotel). “A administradora da Cultura não conhece os centros de férias ou não tem condições para as suas demandas?”, questionou um leitor a propósito das contas em hoteis externos ao INATEL.

5. Nomeações pouco transparentes. “Será que alguém me explica o que faz o Rui Sérgio como director da Cultura? Ou será porque tal como a administradora (jurista), a Cultura lhes passa ao lado? E a propósito de Rui Sérgio, será que já se ganha diploma de 12º ano por se bajular administradores?”, refere um leitor.

6. Um funcionário da unidade de Porto Santo foi autuado pela policia da ilha a conduzir a viatura do INATEL, com taxa de alcoolemia superior a 1.1. Continua a ter um ordenado pago pela instituição, denuncia outro leitor.

7. Também em Porto Santo, um administrador adquiriu mobiliário que era suposto ser para o bar da unidade e foi para a casa dele no Alentejo. A factura foi de "800 contos" e na altura foi amputada à unidade do Inatel mas os móveis até hoje nunca chegaram, denuncia o mesmo leitor.

8. Outro caso de corrupção em Porto Santo. “Com a conivência com um empreiteiro da ilha de Porto Santo, XX solicitava facturas ao mesmo de serviços de obras na unidade que não aconteciam, que eram usados como desculpa para pagar outras despesas que não podiam ser discriminadas de outra forma mas ele tomou o jeito e o gosto e encheu os bolsos durante 5 anos. A constatação era feita pelos colegas que liam o descritivo dos serviços e constatavam no terreno que aquilo não estava a acontecer”, denuncia outra leitora.

Nota: Mais uma vez o Má Despesa relembra que as oito denúncias foram endereçadas por e-mail e que não tem forma de demonstrar a sua veracidade.

5 comentários:

  1. E as más despesas de milhões com escolas que não precisavam de intervenções de luxo que não funcionam (às vezes por falta de dinheiro para a electricidade!) mas sim de condições dignas para alunos e professores trabalharem? Quem lá está bem podia dar testemunho.

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  2. Obrigado pelo seu blog e Parabéns.
    Presta um serviço público bem maior que muitas das intituições que por aqui vão sendo citadas.

    Cumprimentos.

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  3. Pelos exemplos aqui mencionados sobre o despesismo do INATEL, compreende-se que não haja dinheiro para pagar as horas que as funcionárias do INATEL SOCIAL fazem a mais. Acontece que um número significativo de funcionárias têm um contrato de trabalho assinado por elas o pelo Director do Serviço, em que consta que o horário de trabalho é de 35 h semanais/8 h diárias. Mas isto é letra morta, já que nem um dia foi cumprido esse horário, chegando-se a trabalhar 10, 11 e até 12 horas diárias. Esta situação é intolerável!

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    1. eu estive nesta situação... o calarrão devia comer do seu veneno!

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  4. Muito obrigado por mostrar o que se passa no nosso País . ESte é mais um mau exemplo dos abusos sem terem que prestar contas .

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