segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Obras à portuguesa (8): A mini-hídrica de três milhões que não funciona



«O antigo primeiro-ministro José Sócrates deslocou-se em Julho de 2010 a Ervidel, freguesia do concelho de Aljustrel, para anunciar a chegada da água de Alqueva à albufeira do Roxo e inaugurar a mini-hídrica situada à beira do espelho de água, para produzir energia a partir dos caudais provenientes de Alqueva.
Decorrido ano e meio o equipamento, que custou 2,9 milhões de euros, continua sem produzir energia. E tudo leva a crer que esta situação se mantenha por mais dois ou três anos. Isto, porque a cota que a albufeira do Roxo apresenta neste momento, cerca de 75% da sua capacidade máxima, equivale a 73 milhões de metros cúbicos de água e as necessidades para rega, abastecimento público das populações de Beja e Aljustrel e uso industrial rondam os 20 milhões de metros cúbicos/ano. (…) No seu espaço exterior são patentes os sinais da falta de manutenção, com a erva a crescer e o lixo a acumular-se. Na parte traseira do recinto em que a central foi montada, os pescadores têm um local de eleição para lançar o isco no canal por onde a água deverá entrar na albufeira. Mas a única vez em que isso aconteceu foi no dia da inauguração da mini-hídrica, na presença de José Sócrates, que assim quis celebrar a chegada da água da barragem de Alqueva ao Roxo.» (Fonte: Público)

E o que dizia o ministro da Agricultura, António Serrano, no dia da inauguração? “Vamos garantir que 200 mil pessoas passam a ter acesso à água e que não terão problemas em anos de seca. Esta vertente está concluída e era uma das vertentes importantes do empreendimento do Alqueva”. (Fonte: TSF)

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