terça-feira, 21 de agosto de 2012

Já ouviu falar de Arronches?








É um dos quinze municípios do distrito de Portalegre e, segundo a Associação Nacional  de Municípios Portugueses (ANMP), o concelho tem 3119 habitantes.
No dia 13 deste mês, o Município de Arronches publicou, em Diário da República, o anúncio do concurso público para a construção do "Ninho de Empresas", com um custo (previsto) de 675000.00 euros. Perante este valor, o Má Despesa decidiu consultar o site da Câmara Municipal para obter informações, nomeadamente quanto ao tecido empresarial do concelho, mas o espaço virtual dedicado às "empresas sediadas em Arronches" não apresenta um único nome - lá devem ser tantas que a sua enumeração torna-se impossível, o que justifica, certamente, o valor desta nova obra municipal.   



9 comentários:

  1. Meu caro
    Nada como conhecer a realidade do concelho para saber falar de forma acertiva.
    Sabia, por exemplo que o Município de Arronches tem, desde há muitos anos, uma muito boa saúde financeira;
    Sabia que o Município de Arronches está no top 5 dos Municípios Portugueses que mais rapidamente paga aos seus fornecedores, cerca de 5 dias;
    Sabia que o concelho de Arronches vive predominantemente da Agricultura e que, face à decadência desta atividade, o Município tem que criar condições para que pequenas em médias empresas se instalem nesta zona, para, dessa forma, se conseguir produzir mais riqueza para o concelho e reduzir a taxa de desemprego.
    Diz que consultou o site para conhecer o tecido empresarial, mas deve desconhecer que em qualquer ponto do país, quando se criar um ninho de empresas é para apoiar o surgimento de novas empresas, criar condições para que a empresa arranque, para depois se poder independente, sair do ninho.
    Ao que parece não sabe, não conhece a realidade, se calhar nem faz a menor ideia do que se passa por cá. Mas critica, porque é fácil criticar, é fácil ser-se populista porque é a forma mais fácil de os mais desconhecedores lhe darem razão.
    Lamento mas não lhe dou a menor razão, nem aos seus argumentos nem ao seu tom satírico e quando quiser voltar a falar do concelho de Arronches, venha cá antes passar uma semana de férias, fale com as pessoas, ouça os seus problemas e depois então pode falar/escrever, com conhecimento de causa.

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    1. Para início de conversa, além de aconselhar o anónimo, a deixar de ser 'um rato' que mal vê o 'bicho homem' se esconde de imediato, aconselhava-o também a respeitar a nossa língua: não se escreve 'acertiva', mas sim assertiva!
      Quanto ao cerne da questão:
      1. Não é argumento que se apresente, pelo menos em relação a este assunto, a questão dos prazos de pagamento! Pode bem estar a pagar a tempo e horas - sim porque já todos adivinhamos que é o/a presidente da Câmara o/a autor(a) do comentário - a despesa que faz e ela continuar a ser MÁ DESPESA PÚBLICA!
      2. É uma falácia dizer que quando se pensa num 'ninho de empresas' não se tenha já uma ideia sobre as hipóteses possíveis - contactos, pedidos, ofertas - de outro modo, estará a correr o risco de construir um 'ninho' pequeno de mais, ou ao contrário, mais um 'elefante banco' da família daqueles estádios do Euro, ou do Pavilhão de Portugal da Expo, agora vendido por 'um tostão' ao genro do Cavaco!
      3. Termino o meu comentário, aconselhando-o/a a ter orgulho no seu nome! Eu tenho-o no meu e por isso assino este comentário:
      Celestino Neves (Alfena-Valongo)

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    2. Caro Sr. Cesaltino Neves
      Tem toda a razão em relação à forma como se escreve "assertivo", foi um lapso.
      Quanto ao fato de me chamar "rato" por não escrever o meu nome, aí não concordo.
      Primeiro porque chamar "rato" a quem, no mundo da blogosfera comenta anonimamente, é chamar "ratos" a milhões de pessoas que bem ou mal, preferem manter-se no anonimato quando comentam um qualquer artigo. Pergunto-me até se o anonimato não se tornou a essência da blogosfera. Só uma visão muito romântica do mundo poderá considerar que, por exemplo em blogues locais ou regionais, cada um assine com o seu nome e apelido. Não é assim.
      Em segundo lugar fiz um comentário em nome de algumas pessoas que ficaram indignadas com este artigo e que me incentivaram a comentar o mesmo.
      Não faz sentido colocar o nome de todos e aí segui a linha seguida por este blogue e que considero a mais eficaz. Na consulta ao perfil deste blogue diz "Somos um grupo apartidário que tem como objectivo apoiar e promover a praxis social da cidadania através das redes sociais e internet..." Não têm de dizer os nomes, não faz sentido. E porque é que numa resposta a pessoas que não se identificam eu me tenho que identificar?
      Peço desculpa se escrevi alguma palavra de forma incorreta mas estou a escrever com alguma pressa.
      E não, não sou a Presidente da Câmara, adivinhou mal.
      Anónimo (Arronches)

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    3. Caro anónimo, o MDP aconselha-o a utilizar o google (basta inserir Má Despesa Pública no campo de pesquisa) para apurar a identidade dos autores deste blogue - abundam entrevistas, desde jornais a televisões, nas quais encontrará o nome e rostos dos mesmos.

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  2. Há algo de interessante em toda esta conversa do "Promover as empresas" que tem vindo a crescer no discurso político em PT. Mais curioso ainda é o facto a população votante o apoiar (algo que talvez tenha a ver com vicio nepótico dos países do sul). Uma economia prospera quando as leis do país que a sustém estão estrategicamente desenhadas. O papel dos governos é apenas o de criar e manter condições para que a economia se desenvolva. Não sei, no Reino Unido é assim que funciona e aparentemente funciona bem. Não há ninhos de empresas nem outras anedotas de negócios com o erário publico que tais. Ninguém precisa de incentivos ou de apoios para inventar um conceito ou abrir um negócio. Em Portugal aparentemente não se percebeu que o país está esvaziado de capital. Que os estados e as pessoas adquiriram coisas a mais e que não há efetivamente dinheiro no território para negócio algum que não seja algum efetivamente produtivo e destinado à exportação. O mercado interno morreu.

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  3. A construção dos "ninhos" é criticada independentemente do local ou contexto, dado o famoso histórico de investimento público em Portugal.

    E dado esse histórico, entre fazer obras que não vão ser devidamente usadas ou "devolver" esse dinheiro à economia, prefere-se a última opção.

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  4. Só não entendo o anonimato do comentário anterior...

    Certamente que é de alguém que terá, no mínimo,um estudo de mercado onde estão manifestados interesses de vários empresários em ir para Arronches e, claro, esse estudo estará - em nome da transparência, apanágio da boa gestão - no site do município de Arronches.

    Certamente terá conhecimento das razões da preferência empresarial por este município em detrimento de Portalegre, Campo Maior, Monforte ou Alter do Chão.

    Certamente esta iniciativa está estrategicamente incluída num planeamento para o desenvolvimento empresarial do distrito de Portalegre.

    Sem dúvida que este projecto tem um período de retorno estimado, e os 216,4€ que vai custar a cada habitante do concelho vão ser absolutamente respeitados e remunerados...

    E também, certamente à semelhança do Centro Cultural de Arronches, terá o seu Relatório e Contas inserido anualmente na internet.

    Embora sejam os impostos de todos os portugueses a pagar os vencimentos dos 103 funcionários municipais de Arronches, claro que ninguém, por mais atrevido que seja se atreverá a colocar a insultuosa questão:
    "Porquê um município para 3119 pessoas situado a 30 km da capital de distrito?"
    Porque será que nem PSD nem PS têm a coragem de aglutinar os mais de 200 municípios que anualmente perdem 1% da população, não têm receitas suficientes para pagar aos seus funcionários, não têm planeamento - consistente - para inverter a situação e vivem há 30 anos a gastar, muito, dinheiro sem qualquer contrapartida financeira?

    É preciso poupar? Basta não esbanjarem!

    Atenção: Não sou o autor do site e conheço, demasiado, as lógicas do alcunhado "poder local" a quem eu chamaria de "veneno nacional".

    O livro dos autores deste site "Má despesa pública" será no futuro um documento histórico deste período de desperdício louco que comprometeu, por muito tempo, o futuro económico nacional.


    http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=501901


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    1. Diz um anónimo para o outro:
      "Só não entendo o anonimato do comentário anterior..."
      Muito bom :-)

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  5. Post de 16-06-2012. A nossa opinião em

    http://desabafosdeumtraido2.blogspot.pt/?view=timeslide

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