Mais uma denúncia de um leitor do Má Despesa: o Ministério da Saúde desperdiça
milhões de euros ao subcontratar serviços que apenas têm como
objectivo o lucro.
«Trabalhei para uma
empresa que fazia conferência de facturas de MCDT para algumas das
Administrações Regionais de Saúde. No local onde me encontrava
fazíamos conferência para a Administração Regional de Saúde de
Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT). Começámos por trabalhar com algumas
das pessoas da ARSLVT que já faziam o trabalho há alguns anos, mas
que apesar da sua boa vontade desconheciam muita coisa e nunca tinham
tido formação na área. Desconhecendo o que estão a pagar, não
sabem se estão a pagar bem ou mal. Mas esse era o menor dos
problemas porque quando esta empresa passou a assumir esta função,
não só não tinham conhecimentos como nem procuravam saber,
limitando-se a introduzir os dados que vinham nas requisições.
Ganhávamos por cada lote que fazíamos
e por isso quantos mais lotes mais dinheiro e para fazer muitos em
pouco tempo não havia conferência de dados mas apenas introdução.
A empresa que nos contratou, para cumprir prazos e ganhar mais era a
primeira a dizer-nos para nos despacharmos e só marcarmos os erros
mais evidentes, para não perdermos tempo. Naqueles dois anos foram
mal gastos milhões de euros a pagar exames que não eram
comparticipados ou que não faziam parte da convenção que o
ministério tinha com o laboratório e ainda exames que eram
debitados com códigos de outros mais caros... E isto só na ARSLVT.
Dinheiro que podia, e devia, ser canalizado para coisas importantes
era assim desperdiçado... e acredito que continua a ser».
Se o presidente da ARSLVT se sentasse perante um polígrafo e lhe fosse inquirida a sua conivência com esse aparente desleixo da ARS, o que acham que acontecia?
ResponderEliminarO mundo, o país, só serão diferentes quando for obrigatório os políticos responderem, anualmente, perante um polígrafo.
A CIA e o FBI já o fazem ao seu pessoal.
Porque esperamos?
Quem escreveu este testemunho só tem algo a fazer. É denunciar quem usufruiu destes esquemas. Para além de uma "Má despesa pública" também precisamos de "Uma boa cidadania". Isto assim não deixa de ser especulação que permite às várias Cândidas Almeidas, dizer que não há corrupção.
ResponderEliminarOu seja, quantos mais lotes mais recebem. Isso é como na Agricultura, que paga por cabeça de gado ou por numero de plantas/árvores, em vez de pagar por produção ou por peso do gado ou litro de leite. Toma o subsidio, planta as oliveiras e deita-te a dormir. Só mesmo neste país!
ResponderEliminarComo o leitor acima rederiu, será denunciar isto ao ministério da saúde, que tem lá um ministro que muito interessado está em cortar.