terça-feira, 18 de dezembro de 2012

MDP TV: 10 factos sobre corrupção em Portugal



A Transparência e Integridade, Associação Cívica (TIAC) assinalou o Dia Internacional de Combate à Corrupção com o lançamento em Portugal da campanha Hora de Acordar. Trata-se de uma iniciativa da rede anti-corrupção Transparency International, que já foi implementada em 17 países. Vale a pena ler e partilhar o vídeo que pretende chamar a atenção dos cidadãos para o flagelo da corrupção, desde os grandes negócios até à cunha. 


 
Também o programa Negócios da Semana (SIC Notícias) de 5 de Dezembro foi dedicado à Corrupção em Portugal. O jornalista José Gomes Ferreira convidou Paulo Morais (TIAC), Eduardo Dâmaso (Correio da Manhã) e Domingos de Azevedo (Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas) para discutirem o tema. Deste programa extraímos 10 conclusões sobre o tema:

1. Países mais corruptos têm mais dificuldades nas contas públicas
2. Em Portugal, quem negoceia em nome do Estado, negoceia em nome dos privados;
3. Praticamente todos os ex-ministros de referência das grandes obras públicas trabalham agora para empresas ligadas às PPP;
4. O tráfico de influências e a gestão danosa são praticamente impossíveis de provar em Por
tugal;
5. Há negócios imobiliários, por vezes com a conivência de autarcas, que garantem margens na ordem dos 900%;
6. Fundos imobiliários estão isentos de IMI. Grupos económicos conseguem definir política fiscal do Estado;
7. Uma parte significativa dos deputados portugueses, de membros do governo e do Banco de Portugal está ligada a sociedades de advogados, banca e grandes grupos portugueses;
8. Paulo Rangel e António Vitorino encontram-se de manhã em escritórios de advogados e à noite debatem, frente-a-frente, na TV assuntos de causa pública;
9. Continua a não haver uma lei eficaz que puna o enriquecimento ilícito;
10. É possível recuperar dinheiro do BPN (via Parvalorem) e confiscar as fortunas feitas à custa da corrupção. Presidente da República, governo e justiça não actuam.

1 comentário:

  1. Em Portugal(e em geral…),vive-se numa situação onde são os mais corruptos que fazem as leis.Numa situação onde num outro país há associações e organismos que protegem os ‘pequenos’ contra o 'peixe graúdo’,aqui,uma pessoa quase que tem receio de denunciar ou acusar alguém com um posto importante de corrupção.Os exemplos não faltam.
    Junte-se a isso,uma certa ‘cobardia’ que foi cultivada no cidadão ao longo do tempo (o passivo da ditadura?),e obtem-se a situação que se vive hoje.
    Os meus país atacaram a ordem dos médicos e o hospital de Coimbra por negligência e danos,o caso acabou por prescindir,passados três anos…E o tempo que durou,o advogado que devia defender o caso para os meus país,tentou sempre dissuadir-los e assustár-los.
    No fundo,a ordem dos advogados a defender a ordem dos médicos…Não são esses senhores que vimos no governo e nos gabinetes ministeriais?

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