sexta-feira, 12 de abril de 2013

Então Paulo Portas, andamos a brincar com as pessoas?



O Ministro Paulo Portas pára pouco neste pobre país, como é do conhecimento público, tendo já gasto mais de metade do valor total orçamentado neste ano para viagens. Nunca se sabe bem o que faz o ministro nas suas viagens mas sabemos um pouco daquilo que os seus serviços vão fazendo (mal), como se pode constatar da leitura do seguinte e-mail enviado por um leitor:

""O Ministério dos Negócios Estrangeiros decidiu mandar repetir a prova escrita de cultura geral do concurso de acesso à carreira diplomática.  Segundo informação do presidente do júri, a realização da prova, no passado dia 16 de março, não terá assegurado as condições de igualdade entre todos os candidatos uma vez que, em algumas salas, foi autorizada a substituição do enunciado da prova e, em consequência, a correção de respostas rasuradas.
Este facto contraria as instruções previstas no enunciado da prova.
Para garantir a total e igualdade de circunstâncias dos candidatos, deste concurso de acesso, o MNE decidiu anular o exame, convocando os candidatos para uma nova prova, a realizar no próximo dia 20 de abril."

Deslocaram-se cerca de 2000 pessoas a Lisboa no dia 16 de Março 2013 para realizar o exame e agora o Ministério decidiu repetir os exames. 
Eu vivo em Bruxelas e tive de pagar do meu bolso o bilhete de avião (cerca de 250  EUR) para ir de propósito a Lisboa para fazer o exame. Infelizmente não me poderei deslocar a Lisboa uma segunda vez para fazer o mesmo exame visto não ter mais recursos financeiros para tal. 
Agora imagine quantos dos 2000 candidatos vivem em Lisboa e quantos se terão de deslocar à capital.

Já enviei um email para o MNE e para o Gabinete do Ministro, mas ainda não tive nenhuma resposta. "

7 comentários:

  1. E se o problema fosse só esse...
    É inqualificável o que fizeram. Como muita gente chumbou (sim, muita gente achou perguntas sobre o sistema solar muito dificeis), nivela-se por baixo e faz-se uma prova mais fácil.
    Far-se-ão tantas as provas quantas as necessária até que fulano ou sicrano consiga passar no teste de cultura geral. Nem que isso implique saber quem foi Eça de Queiroz...
    Também estive na prova e até achei que (apesar de dificil) era adequada.
    Irei também à segunda pois vivo em Lisboa, ao contrário de muitos a quem essa segunda oportunidade é sonegada.

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  2. Meu caro, bem-vindo ao iníquo e frustrante universo dos concursos públicos...

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  3. Pergunto: O que diria o Má Despesa Pública se não se tivesse anulado o exame e tivesse sido escolhido um candidato sem que tivessem sido observadas as regras da igualdade? è a velha história de "O Velho, o rapaz e o Burro"...
    Afirmo: Revoltante é ver gente a pugnar pela queda do governo sem que haja alternativa à austeridade e a não fazer contas ao que se gasta com uma campanha eleitoral!

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  4. O que o Ministro deve fazer é: abrir um inquérito e apurar responsabilidades (presume-se que não é suposto o ministro estar a vigiar um concurso deste tipo certo?).

    De seguida sugere-se:
    1. que mande despedir por incompetência os responsáveis do descalabro;
    2. que lhes exija o pagamento das facturas que os candidatos lesados (como o autor(a) da denúncia) venham a apresentar ao Estado Português.

    Para além destas medidas serem exemplares e profiláticas, no imediato os contribuintes agradecem que a função pública seja aliviada da carga que estes parasitas incompetentes na origem desta imbecilidade representam.

    Se não fizer nada disto, o Dr. Portas estará mal, muito mal mesmo!...

    Quanto às viagens permanentes do Dr. Portas está por demonstrar que:

    a) não tragam valor acrescentado ao País e apenas ao próprio (à semelhança de abundantes exemplos no passado - incluindo o de um «estudante» em Paris),

    b) sejam mais dispendiosas que as do Dr. Soares com a respectiva - e larguíssima - corte fez, durante dois mandatos presidenciais, constituindo um exemplo inultrapassável de inutilidade, esterilidade, espatifanço de dinheiro público, e desprezo absoluto pelos contribuintes. Foi com «gestões» exemplares deste calibre, que as finanças públicas de Portugal chegaram onde estão, (e a TAP teve de «abafar» uma monumental calote da Presidência da República).

    AM

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  5. Anónimo das 13:53h : desejo apenas fazer-lhe uma pergunta: Porque é que corrigiram as provas se o erro foi detectado no próprio dia da prova?
    Ou seja, se o facto de ter sido permitido a alguns candidatos trocar de enunciado é motivo suficiente para anular a prova, porque é que não anularam pura e simplesmente no dia a seguir? Para que é que se dão ao trabalho de corrigir mais de 2000 provas para anular, apenas e somente, depois de conhecidos os resultados?

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  6. Se o erro fosse detectado numa empresa privada e os candidatos tivessem de repetir a prova haveria algum problema? Claro que não. Desde que exista transparência no acesso ao cargo por mim concordo com o que aconteceu.

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