Em Janeiro os resultados do Índice de
Transparência Orçamental (OBI) foram amplamente divulgados no Má Despesa. Portugal apresenta um péssimo resultado no panorama europeu
isto apesar de o Presidente da República ter dito recentemente queduvidava que outro país “tenha mais transparência e escrutínio do que aquele que se verifica neste momento em Portugal”.
O OBI é realizado por equipas de
peritos independentes através de um questionário com 125 questões. Foram avaliados 100 países. No topo encontramos
países como a Nova Zelândia, África do Sul, Reino Unido e Suécia,
todos com uma pontuação acima de 80. Com os piores resultados temas
Guiné Equatorial, Qatar e Arábia Saudita, com zero pontos. Segundo o OBI,
são poucos os países a divulgar informação orçamental que possa
ser classificada como extensa ou mesmo significativa. Portugal
inclui-se neste segundo caso, com uma pontuação de 62, na cauda dos
países da Europa Ocidental. Na Europa, só a Itália, Polónia e
Roménia obtiveram resultados piores que Portugal.
Os responsáveis pelo Open Budget
Survey apontaram, nas conclusões, várias medidas que poderiam
contribuir para melhorar a transparência dos números apresentados
no Orçamento de Estado. Relembramos algumas:
- Publicação de uma versão do orçamento simplificada para cidadãos, bem como de um relatório semestral sobre a execução orçamental;
- O executivo deveria fazer um relatório anual das acções que tomou relativamente às recomendações feitas pelo Tribunal de Contas nas suas auditorias, sobretudo quando problemas sérios foram identificados.
- Maior detalhe em relação à despesa, tanto por ministério como por programa, até dois anos depois do ano orçamentado;
- Maior detalhe em relação à previsão de receita para os próximos anos;
- Apresentação de cenários macroeconómicos alternativos : deveriam fundamentar cenários para o défice orçamental e medidas a tomar no caso do pior cenário se verificar;
- Maior ligação entre políticas propostas pelo governo e mapas de despesa;
- Maior informação relativamente aos programas de despesa;
- Na Conta Geral do Estado, uma explicação da diferença entre cenários macroeconómicos inicialmente previstos e cenários reais.
Seis meses depois e sabe-se lá após quantos orçamentos rectificativos, será que alguém no governo levou este estudo a sério?
Claro que não!
ResponderEliminarQue excelente trabalho está a fazer o Má Despesa! Parabéns.
hi,hihi, maior farsante, mentiroso, eu nunca vi .
ResponderEliminarÁfrica do Sul?! Pode ser...mas que não é nada evidente, não é.
ResponderEliminarJosé