sexta-feira, 5 de julho de 2013

Que linguagem é esta?


Um cidadão partilhou com o Má Despesa uma queixa que apresentou a propósito do tamanho das letras e algarismos do Cartão do Cidadão. A resposta da Linha de Apoio ao Cartão de Cidadão não podia ser mais confusa, já que está escrita no melhor “burocratês” nacional.

QUEIXA: “Porventura já se detiveram a analisar devidamente este cartão? Por acaso já alguém reparou (agora é tarde..) para o tamanho e cor do texto, sobretudo o que identifica cada um dos 3 números existentes no verso do cartão, para já não falar nos próprios números? É este um cartão verdadeiramente nacional, portanto para utilização geral ou só para alguns? (se é que alguém consegue ler este texto....). Estes pormenores não têm de ser avaliados, experimentados e testados até à exaustão, tendo em conta a finalidade a que se destina e a importância do documento em causa?
De facto são perguntas e dúvidas a mais para um documento que só agora entrou em vigor, que deve ter representado um avultado investimento para Estado, pago por todos os portugueses (e europeus...) e que devia ter responsáveis identificados e punidos por esta, desculpem o termo, borrada nacional.
Agradeço a atenção e aguardo os vossos comentários e resposta à dúvidas deste cidadão.”

RESPOSTA: “Relativamente à sugestão apresentada cabe-me esclarecer:
A Portaria nº 202/2007, de 13 de fevereiro, aprovou o modelo oficial e exclusivo do cartão de cidadão, ao abrigo do disposto no nº 2 do art. 25º da Lei 7/2007, de 5 de fevereiro – Lei que cria o cartão de cidadão e rege a sua emissão, substituição, utilização e cancelamento.
Pela citada Portaria foram fixadas os elementos de segurança física que compõem o cartão de cidadão, constituindo os códigos fontes específicos utilizados, um dos elementos de segurança quanto à autenticidade do documento.
Acresce que:
a) o cartão de cidadão é personalizado através da técnica de gravação laser;
b) os campos relativos aos números de identificação setoriais são gravados por forma a terem relevo, tornando os números mais legíveis.

Agradecemos a sugestão apresentada, constituindo a mesma um contributo para melhoria contínua dos serviços, uma vez que é nosso objetivo primacial a prestação de um serviço público de qualidade balizado pela lei e satisfação dos cidadãos, inserindo-se nesta última a melhoria da imagem do cartão de cidadão.”

13 comentários:

  1. até nem foi mau de todo - mereceu resposta

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  2. esqueceram-se de dizer o mais relevante:
    o cartão deve ser o mais dificil possivel de falsificar; é estudado para ser usado por entidades que tem (programado era) leitores opticos que automatizam a maior parte dos procedimentos.
    como eu muitas coisas (eolicas,PPPS) o azar é que somos governados por ineficientes cheios de boas intençoes. escolhidos por eleitores tambem que só tem boas intençoes e pouca cabeça.

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  3. Percebi melhor a resposta que a queixa

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    1. Concordo Nuno José
      A queixa faz pouco sentido, a resposta é clara e concisa.
      Talvez não fosse pior aqui os blogueiros do MDP aprenderem algum português básico!
      .
      De ridículo em ridículo vão perdendo alguma da credibilidade que tinham, com estas palermices e com o aproveitamento da causa para vender livros e outras tretas!

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  4. Concordo que o CC devia ter um maior tamanho nos algarismos inscritos. Torna-se bastante difícil ler os números.

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  5. Para quem não entenda, a linguagem do cartão é para leitores electrónicos. Em algumas instituições/serviços do estado foram distribuídos leitores na média 1 por computador. E pelos vistos cada um de nós também deveria ter um em casa (necessário para ler os certificados). Óptimo para os vendedores de leitores... e mau para quem usa MacOSX.

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  6. Esta resposta serve, e acredito que seja usada, para responder a qualquer questão sobre o CC!

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  7. Releve– se isso face à hermética segurança deste cartão que já leva uns anos.

    Acho um pouco forte a queixa quando apenas se sugere o aumento da letra e números.

    Quanto à resposta, o único senão é NÃO responder à queixa, porque, de resto, acho a linguagem absolutamente adequada.

    ...cabelo em casca de ovo...

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  8. Se tivessem encomendado o serviço a qualquer iniciante de marketing, por meia dúzia de tostões! ou a qualquer empresa de telemóveis! (Veja-se os números de alguns telemóveis séniors). O grande problema é que quem estudou e encomendou o Cartão de Cidadão de certeza que foram os técnicos altamente qualificados de acessoria ao governo com vinte e poucos anos como à bem pouco tempo demonstrou uma reportagem na TV. Paga Zé Povinho!!!

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