Hoje mergulhamos no concurso para o 2.º Curso de Formação de Chefes da PSP, aberto na sequência do despacho de 17 de Outubro de 2012 do Ministro da Administração Interna, digno de registo na memória colectiva não tivesse sido anulado duas vezes. Em resultado, os 522 candidatos (para 200 vagas) tiveram de fazer três testes psicológicos em 2013 para o mesmo curso. Do primeiro exame nem saíram os resultados porque foi logo anulado tendo em conta que alguns agentes foram apanhados a copiar (fonte: Correio da Manhã de 3 de Junho de 2013). Isto deu direito a repetição da prova e os resultados foram deslumbrantes: "110 dos 522 candidatos tiveram nota 20 depois de verem o enunciado disponível em fóruns online", (fonte:Correio da Manhã de 7 de Agosto de 2013). Os 110 candidatos que tiveram vinte ficaram conhecidos pelos "sobredotados da PSP" - e não é para menos visto que estamos a falar de testes psicológicos associado ao bizarro facto da mesma prova ser feita ao longo da semana. Em resultado, "os agentes do Porto acusa[ra]m os colegas de Lisboa, Setúbal e ilhas – que fizeram o psicotécnico uma semana depois – de terem tido acesso ao enunciado na internet". Feitas as contas, foram anulados dois concursos por batota. E entretanto já houve uma terceira prova e os respectivos resultados saíram no final do ano - e os vinte não faltaram. Mas este caso é ainda mais colorido atendendo aos seguintes pormenores:
- Não se conhece o resultado do inquérito aberto para apurar eventuais responsabilidades disciplinares no primeiro concurso, apesar de ter sido fixado o prazo de 45 dias para a sua conclusão;
- Não se conhecem os resultados dos recursos interpostos pelos candidatos aos dois últimos concursos;
- Os testes dos concursos anulados foram da responsabilidade do gabinete de psicologia da PSP. Para o terceiro concurso foi contratada uma empresa privada.
Grande exemplo da policia. Como cidadão fico mesmo preocupado com policias e juizes adeptos do passar a perna nos testes. Já não arrepiava ver professores contra a avaliação.
ResponderEliminarE este blog serve para que? Cantinho da frustração ?
ResponderEliminarE são estes Senhores que fazem cumprir a Lei, estamos mesmo mal neste Pais.
ResponderEliminarNão se generalize.
EliminarÉ o que temos....!!! Vergonhoso é permitirem que entrem e serem futuros...Chefes!!!
ResponderEliminarE será que ninguém põe mão a isto??? Para que servem os Tribunais???
ResponderEliminarEu fui eliminado de forma escandalosa após tirar um dúvida em plena sala, um dúvida mal esclarecida que me eliminou nas provas psicologicas, isto no ano de 2008. Nunca tinha feito provas psico-técnicas, como não conseguia responder a todas as perguntas no tempo estipulado da prova, questionei a sub comissária no intervalo se havia algum problema em não responder a todas as questões, ela disse-me que seria melhor responder a todas nem que fizesse de forma aleatória. Então as que não sabia fazer fazia de forma aleatória, nunca me sendo esclarecido que por cada uma que errasse era descontada uma certa. Tive colegas meus que passaram e que respondiam a 12 de 20 questões, eu tinha respondido a 15 e com este mau esclarecimento respondi a todos e lixei-me, recorri e só recebi uma carta a dizer que tinha sido eliminado nas provas psicológicas, até hoje não me conformo.
ResponderEliminarDe todos estes comentários não existe nenhum que se aproveite, quando não se sabe de todos os factos mais vale estarem calados..... ignorantes
ResponderEliminarPolémicas a parte, uma coisa é certa, a prova psicológica acabou por ser uma prova de perguntas objetivas, mas ninguém sabia os critérios da correcção. Os Recursos Humanos tiveram uma má experiência no Acórdão abaixo descrito, com a deteção de vícios que colocam em causa a Imparcialidade e Transparência, e após tantos anos, nada mudou??????
ResponderEliminarAcórdão do Tribunal Central Administrativo Norte
Processo: 01415/04.0BEPRT Secção: 1a Secção - Contencioso Administrativo
Data do Acordão: 10-12-2010 Tribunal: TAF do Porto
Relator: Dro Lino José Baptista Rodrigues Ribeiro