quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Uma viagem ao país dos parques de diversões


No livro “Má Despesa Pública nas Autarquias” contamos os pormenores sobre os parques de diversões de Vila Nova da Barquinha e da Moita. Na Vila Nova da Barquinha era suposto nascer o maior parque de diversões de Portugal e representaria um investimento privado de 170 milhões de euros. O projecto criaria, pelo menos, mil empregos. Haveria até um hotel e um centro comercial. Era suposto ter sido inaugurado em Abril de 2011 para receber milhões de visitantes/ano. Apesar da promessa feita às populações, não saiu do papel.
Na Moita a mesma história: 1200 postos de trabalho, três milhões de visitantes por ano e um investimento de 75 milhões de euros. A inauguração estava marcada para a Páscoa de 2008. Nada aconteceu neste projecto que até envolvia a ex-ministra da Educação, Isabel Alçada, na criação das atracções (mais pormenores caricatos são relatados no livro).
Como a realidade supera a ficção, aqui fica um novo caso. O Governo acaba de autorizar a desclassificação de terrenos da Reserva Agrícola Nacional para a construção de um parque de diversões no Bombarral, promovido por investidores privados. As obras arrancam no próximo ano e a inauguração está prometida para 2016. No site da autarquia fica-se a saber que o parque de diversões, promovido por privados, “irá” permitir a criação de 320 postos de trabalho diretos e deverá receber 500 mil visitantes/ano, incluído muitos provenientes de Espanha e do Reino Unido. O investimento é de 53 milhões. Tudo isto soa a “déjà vu”.

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