quinta-feira, 27 de março de 2014

As poupanças do software livre


O Orçamento de Estado para 2014 refere que deve ser dada preferência à utilização de software livre por parte dos serviços integrados e dos serviços e fundos autónomos do Estado. Segundo o governo, apenas pode ser comprado software proprietário sempre que seja demonstrada a inexistência de alternativas em open source ou quando o custo total do uso de software livre seja superior à aquisição ou licenciamento de software proprietário. Especialistas do sector consideram que o software livre permite uma poupança na ordem dos 60 a 70 por cento face ao software “tradicional” das grandes empresas de TI, isto é, está-se a falar de uma poupança de 100 milhões de euros.
A prática, claro está, é bem diferente, a começar pelas empresas públicas. Um leitor partilhou um caso que se estará a passar na Águas de Portugal: “Uma empresa do grupo comercializa um programa informático para a qual o grupo tem resposta gratuita. No entanto, já se gastaram vários milhares de euros na alternativa e impõe-se esse programa informático às empresas do grupo. O programa gratuito é usado por uma empresa do grupo com maior sucesso do que a alternativa paga, ou seja, a empresa que não paga está melhor servida do que as outras que são obrigadas a pagar o programa alternativo. Esta situação já fez rolar cabeças o que leva a crer que há interesses muito poderosos interessados em manter a situação.”

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