O Orçamento de Estado para 2014 refere que deve ser dada preferência à utilização de software livre por
parte dos serviços integrados e dos serviços e fundos autónomos do
Estado. Segundo o governo, apenas pode ser comprado software
proprietário sempre que seja demonstrada a inexistência de
alternativas em open source ou quando o custo total do uso de
software livre seja superior à aquisição ou licenciamento de
software proprietário. Especialistas do sector consideram que o
software livre permite uma poupança na ordem dos 60 a 70 por cento
face ao software “tradicional” das grandes empresas de TI, isto
é, está-se a falar de uma poupança de 100 milhões de euros.
A prática, claro está, é bem
diferente, a começar pelas empresas públicas. Um leitor partilhou
um caso que se estará a passar na Águas de Portugal: “Uma empresa
do grupo comercializa um programa informático para a qual o grupo
tem resposta gratuita. No entanto, já se gastaram vários milhares
de euros na alternativa e impõe-se esse programa informático às
empresas do grupo. O programa gratuito é usado por uma empresa do
grupo com maior sucesso do que a alternativa paga, ou seja, a empresa
que não paga está melhor servida do que as outras que são
obrigadas a pagar o programa alternativo. Esta situação já fez
rolar cabeças o que leva a crer que há interesses muito poderosos
interessados em manter a situação.”
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