Um leitor do Má Despesa decidiu
partilhar um bizarro exemplo de gestão na Câmara de Lisboa, tendo
apresentado o mesmo caso no formulário existente na página de
internet do município. Como relata, a autarquia promoveu um
“concurso público para a execução de cartografia com um preço
base de 100.000 euros ao qual a Estereofoto concorreu com 50.000,01 €
de forma a não apresentar um preço anormalmente baixo e a não
correr riscos desnecessários; de vir a ser excluída. Foi adjudicado o trabalho à Estereofoto por esse valor por ser a proposta economicamente mais vantajosa para a CM Lisboa e até aqui tudo bem.
Fosse apenas isto e a CM Lisboa estaria de parabéns pelo
procedimento e pela capacidade de fazer boas compras e de gerir
dinheiros públicos. O problema está em que em 12-03-2014 foi
publicado um outro contrato entre a CM Lisboa e a Estereofoto,
resultante de um ajuste directo, no valor de 50.000,01 €. Acontece
ainda que conforme a lei obriga, juntamente está o contrato assinado
e nas suas cláusulas é possível ver claramente que diz respeito a
elementos que deveriam ter sido entregues no âmbito do concurso
público. Assim, num projecto ao qual a Estereofoto concorre com
50.000,01 € obrigando-se a fazer o trabalho por esse valor, acaba
por receber 100.000,02 €, devido ao ajuste directo absolutamente
condenável pelo exemplo de má gestão de dinheiros públicos”. Um
caso que merece ser esclarecido.
e o Presidente e todos os responsaveis de topo, conhecedores desta trapaça, não vão para a cadeia ?
ResponderEliminarEnquanto forem permitidas adjudicações diretas, nunca irão acabar com a corrupção.
ResponderEliminar- Vendas a prestações?!!! Aldrabilhas na Câmara
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