segunda-feira, 21 de julho de 2014

A escola de milhões de um sindicato açoriano






Hoje voamos até Ponta Delgada. Há cerca de um mês, o jornal ionline noticiava "um contrato de 7,4 milhões de euros (sem IVA) referente à construção de um novo edifício destinado à Escola Profissional do Sindicato de Profissionais de Escritório, Comércio, Indústrias, Turismo, Serviços Correlativos da Região Autónoma dos Açores" - SINDESCOM (foto). Perante isto, o Má Despesa decidiu ir procurar mais informação a propósito de tão grandiosa obra. Em 2010, o Governo Regional decidiu "autorizar a cedência ao SINDESCOM, a título definitivo e gratuito, do lote n.º 46, com área de 14033.30 m2". Na mesma Resolução do governo, lê-se que o “SINDESCOM é proprietário da primeira Escola Profissional privada da Região Autónoma dos Açores (R.A.A.), fundada em 1992 pela UGT/Açores, escola esta que assumiu a denominação de EPROSEC – Escola Profissional do Sindicato de Escritório e Comércio da Região Autónoma dos Açores. Ou seja, uma escola privada teve direito a terreno público gratuito. No mesmo ano, foi lançado o concurso público para a empreitada de construção da nova escola profissional por mais 9 milhões de euros (9.250.000,00€).  E o leitor deve estar a perguntar : Quem financia os sindicatos? Quem fiscaliza as listas de associados que permitem aos sindicatos ter dirigentes pagos a tempo inteiro pelo Estado? Uma reportagem do Sexta às 9 -RTP 1, realizada há cerca de um ano, não conseguiu encontrar resposta a essa pergunta, mas conseguiu saber que, em 2012, os 311 dirigentes sindicais existentes a tempo inteiro custaram 6,5 milhões de euros anuais aos contribuintes (os sindicatos têm direito a um dirigente a trabalhar a tempo inteiro no respectivo sindicato por cada 200 associados, número este que não passa pelo crivo de qualquer entidade pública).

NB: O site institucional da escola profissional nada informa sobre o número de alunos que teve ou tem.


3 comentários:

  1. Que bom seria este Portugal sem sindicatos, não era?

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    1. OLima o que era bom era Portugal sem lambões.

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    2. Eu não diria Portugal sem sindicatos porque até acho que fazem falta, so que deveriam ser pagos pelos seus associados, e não pelos dinheiros publicos porque isso é roubo, como este caso relatado pelo ma despesa, que não é mais uma ma despesa publica, isto so têm um nome, ROUBO.

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