Não, desta vez não estão em causa os relógios de ouro oferecidos anualmente pela autarquia de Almada aos funcionários que cumprem 25 anos de casa. Desta vez o Má Despesa descobriu que no último Natal a autarquia de Almada presenteou os filhos dos funcionários com tablets Samsung Galaxy Tab 3, cuja factura ultrapassou os 8 mil euros ( 8.015,00 € + IVA). Num país em que um terço das crianças vive na pobreza, esta prenda é um verdadeiro luxo.
Quem é o edil, quem é?
ResponderEliminarCaros amigos do Má Despesa Pública:
ResponderEliminarA propósito do vosso post, enviei esta reflexão aos meus amigos.
«Caras amigas e caros amigos:
(Leiam o post abaixo, retirado do blogue Má Despesa Pública, um verdadeiro serviço público de carácter cívico gratuito ao serviço dos cidadãos).
É a mentalidade retratada no post que perverte a lógica da boa gestão autárquica ao serviço da comunidade (muito mais do que os valores destes gastos em causa), a qual se encontra generalizada, que faz que em pleno século XXI tenhamos muito mais populações do que imaginaríamos num distrito (de Setúbal) que se diz e quer progressista, nesta situação:
- sem rede de esgotos,
- com recolha de lixo deficiente,
- com baixas taxas de recolha diferenciada de resíduos,
- com pavimentos de ruas e estradas deficientíssimos,
- com sinalizações viárias, horizontais e verticais, em falta, pondo em risco a segurança de peões e automobilistas,
- com bibliotecas de escolas escassamente equipadas,
- etc.
Tudo funções básicas que só as câmaras podem prover.
Mas para o novo-riquismo dos gadgets, do apoio a troco do silêncio e da compra de consciências a tudo o que é associação da comunidade (independentemente do retorno que esse apoio possa dar para a comunidade), da festarola com contratação de artistas a peso de ouro ou das realizações ditas culturais (do tipo feira medieval comprada em pacotes normalizados, liofilizados, é só acrescentar água: em que as comunidades escolares não participam), para tudo isto há sempre dinheiro.
Como para alimentar esta política é preciso dinheiro, temos as mais elevadas taxas de impostos municipais do país: no IMI, na Derrama de IRC, nos 5% do IRS (que não nos é devolvido), nas taxas municipais.
É preciso que os munícipes acordem do longo torpor.
Desistir e refugiarem-se na abstenção (é o distrito com as mais elevadas taxas nas autárquicas, da ordem de 60%) não é solução.
Saudações.
M. S.
P. S. É preciso que os que querem ser alternativa nos poderes autárquicos não enveredem por práticas semelhantes.
É preciso pensar criticamente as políticas autárquicas, senão têm razão os que acham que são todos iguais.»
Parabens pelo post.
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