segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

6.500 euros para pintar o presidente do Politécnico de Lisboa



"As origens da evolução do retrato, tal como é entendido actualmente, remontam aos alvores do Renascimento italiano e ao novo interesse pela caracterização do indivíduo. De facto, ainda hoje é surpreendente verificar como, na pintura, o retrato definiu uma das grandes mudanças em relação à Idade Média. No período renascentista, o homem passa a ocupar o centro das cogitações e, como consequência, a arte projecta-se à sua medida, reflexo do crescente sentimento individualista e de auto-afirmação face ao mundo, à história e ao próprio homem." (Fernando Montesinos, História Breve da Pintura Ocidental séculos XIV-XIX, Imprensa da Universidade de Coimbra, Setembro de 2010). O retrato mais famoso do mundo é a La Gioconda de Leonardo da Vinci e, por isso, o Má Despesa adaptou-a com o rosto do presidente do Instituto Politécnico de Lisboa (IPL) (foto), tendo em conta que esta instituição pública de ensino encomendou recentemente a pintura do retrato do seu presidente. Preço: 6.500,00 € (+IVA). 
Segundo o portal BASE, este não é um caso isolado. Em 2009, Isaltino Morais encomendou a pintura do seu retrato ao mesmo artista, e a respectiva conta de 8.800,00 € (+IVA) foi paga pelos cofres da autarquia.O Má Despesa espera que a pintura de Isaltino se encontre na posse do seu proprietário- o município de Oeiras-, e gostaria de ser convidado para contemplar a pintura do presidente do IPL.  


4 comentários:

  1. Não é possível assistir a isto sem pensar que a demência é uma característica do nosso povo, pois não?

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  2. http://observador.pt/2016/02/15/retrato-oficial-assuncao-esteves-encomendado-pintora-freira-espanhola/

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  3. A soberba desta gente medíocre, é enorme..., maior que aqueles que gostam do culto da personalidade, tão em voga em regimes socialistas!

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    1. Senhor Anónimo das 13:04:
      É esta tacanhez míope que o seu comentário expressa, infelizmente demasiado generalizada entre nós, que acaba por permitir que este tipo de comportamentos persistam.
      Normalmente não se criticam os actos merecedores de crítica por si próprios, mas procura-se logo que sirvam de arma de arremesso partidário ou ideológico.
      Depois, do lado contrário, gera-se outra reacção semelhante.
      Passamos o tempo neste ping-pong infantil inútil e de troca de galhardetes.
      Os actos atentatórios do bom senso como este, deste senhor que se quer perpectuar com o nosso dinheiro, de país e de cidadãos pelintras, merece ser criticado, ponto final.
      Não precisa de evocações se é socialista, comunista, de direita ou seja o que for.
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      P. S. Para sua informação, a tradição de culto da personalidade dos regimes socialistas não foi inventada por eles, foi a continuação do que vinha de trás, dos regimes despóticos capitalistas ou das democracias liberais degeneradas.
      Quer melhor exemplo do que o do Rei-Sol em França?

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