segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Campolide: O Aqueduto que só preocupa alguns



O Aqueduto das Águas Livres foi construído no séc. XVIII e, além de ser considerado uma obra notável da engenharia hidráulica, foi classificado como Monumento Nacional em 1910. A Junta de Campolide e as demais instituições responsáveis é que parecem dedicar-lhe pouca atenção. Uma leitora partilhou com o Má Despesa as preocupações de um conjunto de moradores do Bairro de Campolide que já deram origem a cartas enviadas aos Presidentes da Junta, da CML, da EMEL, do Comandante da PSP, entre outros. Ora veja: 

"Temos constatado nos últimos anos a uma degradação da zona “velha” de Campolide especialmente no que toca ao estacionamento abusivo e limpeza. Este bairro, na sua zona mais “velha”, como sabe, enquadra um lindíssimo monumento nacional, que qualquer freguesia teria orgulho em ter e beneficiar, sendo visitado diariamente por inúmeros turistas tanto portugueses como estrangeiros. É com imensa tristeza que vemos esses visitantes repararem na imundície que ladeia o Aqueduto das Águas Livres. Para já não falar dos grafitis que impunemente alguém pintou sem que ninguém os tivesse removido. E, a agravar, o estacionamento abusivo e ilegal, de não moradores da freguesia, e sem qualquer controlo quer por parte da PSP e da JFC. Esta zona de Campolide tem sido totalmente negligenciada embora, estranhamente, algumas zonas da freguesia têm usufruído de francas melhorias (como é o caso da Nova Campolide e do bairro da Liberdade!). A minha intenção, como munícipe, contribuinte e moradora, é, tão só, compreender a veracidade do que consta no Bairro de Campolide. Por saber que nem sempre o que consta corresponde à realidade, parece-me correcto questionar a quem detém as informações. 
Ex.mos Senhores, consta que uma entidade pública (não percebemos se a JFC, a CML ou a PSP) tem permitido o estacionamento abusivo com contrapartidas económicas concedidos por empresas ou particulares (????). Porque parece-me estranho tal possibilidade, permito-me, muito respeitosamente, questionar V. Ex.as sobre a veracidade destes comentários que circulam entre os munícipes desta freguesia e já difundidos pelos próprios automobilistas que estacionam abusivamente nesta área. Se, como julgo e espero, são apenas boatos, então, apelo, conforme direito de cidadã que me assiste, que V. Ex.as me esclareçam o seguinte: 
 Qual a razão do abandono completo da zona mais velha de Campolide por parte da JFC e da CML? 
 Por que razão os órgãos competentes permitem o estacionamento ilegal colocando em risco os moradores desta zona? 
 Existe alguma norma, que se sobreponha à Lei, e que permita a CML, a JFC e a PSP escolherem quais as normas a aplicar e, também, quem deve cumpri-las? 
 Por que tem sido, a Nova Campolide, alvo de melhorias constantes em detrimento da Velha Campolide? 
 Qual a razão da utilização de um monumento histórico como WC dos cães da freguesia? O turismo não é um dos pilares da nossa economia? 
 Por que razão estão os locais para estacionamento legal e ordenado da Nova Campolide vazios? O que ganha a EMEL com o investimento feito no estacionamento da Nova Campolide se os automobilistas podem estacionar, abusivamente e sem pagar, a 250 metros? 
Por que razão esta situação tem piorado desde que fizemos um abaixo assinado alertando para estes problemas? 
Tendo em conta o preconizado nos n.ºs 1 e 2 do Artº. 13º da Constituição da República Portuguesa, tão badalado ultimamente por inúmeros agentes políticos, tudo leva a crer que este Princípio (da Igualdade) foi abolido da nossa Constituição!
Há cerca de um ano e meio fizemos um abaixo-assinado pedindo à CML e a JFC que tivessem em atenção alguns dos problemas desta zona da freguesia. Infelizmente as duas entidades responsáveis, JFC e CML, optaram por ignorar: 
 os turistas que trazem dinheiro ao nosso país e dão emprego a tanta gente. 
 os idosos que não conseguem circular nos passeios nesta parte da freguesia. 
 as crianças que não têm passam as passadeiras sem qualquer segurança pois estas servem apenas para estacionamento dos carros. 
 os deficientes motores que estão impossibilitados, a dobrar (!), de circular nos passeios desta zona.  E, finalmente, os contribuintes moradores que vivem na zona velha de Campolide e não têm a sorte de morar, ou de poder morar, na Nova Campolide! Na expectativa de obter uma resposta ao qual, como cidadã, contribuinte e moradora, me assiste, apresento os meus melhores cumprimentos."

(o negrito é nosso)

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