quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Como torrar dinheiro no Natal: um guia municipal (I)



O Natal é sempre uma (pseudo) legítima desculpa para alimentar o despesismo dos autarcas. Novembro ainda não acabou e algumas autarquias já deram sinais da febre natalícia. Ora vejamos alguns exemplos.
  • Viseu já anunciou que orçamentou 250 mil euros para as comemorações do Natal que incluem um castelo iluminado com 12 metros de altura plantado no Rossio (fonte: Público). Isto apesar do município viver uma situação dramática (e sem falar das consequências dos incêndios do mês passado) em virtude da seca e que obriga ao transporte diário de água via 32 camiões-cisterna para abastecer o concelho. Segundo o presidente da autarquia, "encontramo-nos numa situação de emergência que reclama medidas excecionais. Este é um momento de grande responsabilidade coletiva. Os consumos de água devem ser radicalmente moderados e racionalizados. Por cada litro de água paga pelo utilizador, o município está a pagar o valor equivalente a dez litros.” (fonte: Observador)
  • Guarda gastou 9.800,00 € (+IVA) só no "espectáculo para a inauguração da requalificação do Parque Municipal e ligação da iluminação de Natal 2017".
  • A empresa municipal Águas de Gaia já adjudicou o almoço de Natal para os seus  trabalhadores e reformados pelo preço de 9.018,00 € (+IVA) à conhecida empresa de empreendimentos turísticos Solverde. 
  • Silves já garantiu a compra de cabazes de Natal para os seus funcionários pelo preço de 33.989,06 € (+IVA).



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