segunda-feira, 7 de maio de 2018

O caso do boy Valente de Lisboa (e as teias das juntas lisboetas)



João Luís Valente Pires, já conhecido por estas bandas, é vogal da junta de freguesia de Penha de França, assessor do executivo da junta de freguesia de Arroios, deputado à Assembleia Municipal de Lisboa e funcionário da Câmara Municipal de Lisboa. Convém ter presente que foi director de campanha de Margarida Martins e é marido da presidente da Assembleia de Freguesia de Arroios. Pelos vistos, um Valente (lá acha que) pode tudo e o Partido Socialista deixa. Ora vejamos com atenção.
O Má Despesa já tinha partilhado que Valente tinha sido contratado pela junta de Arroios, em meados de Dezembro de 2013 (logo a seguir às eleições autárquicas), para "prestação de serviços de consultadoria técnica e gestão de instalações ao executivo", durante 3 anos. Ou seja, durante os anos de 2014, 2015 e 2016 trabalhou para a junta de Arroios. Sucede que Valente é tão valente que conseguiu acumular essas funções com a admissão como técnico superior do município de Lisboa, para cuja categoria foi admitido em Março de 2016 (in Diário da República n.º 67/2016, Série II de 2016-04-06), na sequência da "conclusão com sucesso, do período experimental na carreira/categoria de técnico superior (Relações Internacionais e Cooperação)" - até então era "técnico profissional de desporto" do município.
Não obstante, em Dezembro de 2017, a junta de Arroios fez novo ajuste directo a Valente para "prestação de serviços de apoio à área do desporto", pelo prazo de 12 meses e o valor mensal de 1600 euros (+IVA).

NB: Valente é assessor do tesoureiro da junta de Arroios, Jorge Manuel Lavaredas Francisco  que, por sua vez, foi contratado pela câmara municipal de Lisboa  no final de 2017. Lavaredas Francisco é o coordenador da equipa do Lisboa 2021, por 3.752,50 euros (+IVA) mensais . "Lx XXI é  um programa ambicioso que prepara Lisboa para o futuro, com investimentos que rondam os 530 milhões", informa a autarquia



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