segunda-feira, 15 de outubro de 2018

As relações perigosas do presidente do Instituto da Segurança Social




Lembra-se do caso de polícia relativo a desvio de fundos comunitários da Associação Industrial do Minho (AIMinho) denunciado aqui em Janeiro de 2017?  A associação está acusada pelo Ministério Público de ter desviado quase 10 milhões de euros de fundos comunitários -do Programa Operacional Potencial Humano (POPH) suportado pelo Fundo Social Europeu- destinados a financiar a formação em pequenas e médias empresas, num mega processo que envolve 126 arguidos. O último programa Sexta às 9 (RTP) mergulhou no despacho de acusação (a partir do minuto 12`42) e deparou-se  com uma complexa teia de relações de proximidade entre os principais dirigentes da AIMinho, governantes, banqueiros e altos dirigentes da Administração Pública, entre os quais o actual presidente do Instituto da Segurança Social (ISS), Rui Fiolhais. O presidente do ISS, não sendo arguido no processo, foi o gestor do POPH que assinou os contratos de delegação de competências/financiamento à AIMinho (entre 2008 e 2010) que estão na origem da fraude milionária. Na sequência da consulta do processo judicial,  o Sexta às 9 viu e-mails -comprometedores- entre Rui Fiolhais e altos dirigentes da AIMinho e questionou o dirigente público, tendo obtido resposta que é desmentida pelas provas constantes no processo. Como bem assinalam os jornalistas da RTP, Rui Fiolhais- enquanto presidente do ISS- gere uma das maiores fatias do orçamento de Estado. 



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