segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Ano Novo, Carro Novo


É assim na Câmara da Horta, que acaba de pagar 27 mil euros por um Peugeot 607 2.0 HDi Executive.


11 comentários:

  1. Não sou perito na matéria, mas 27 mil euros não me parece ser preço exagerado para um carro. Não deve ser propriamente um topo-de-gama.
    Acresce dois considerandos:
    1) Creio que nos Açores os carros (e tudo o resto) são mais caros do que no Continente devido aos custos de transporte acrescidos.
    2) Nos Açores os carros necessitam de ser trocados mais frequentemente do que no Continente devido à intensa maresia e aos estragos decorrentes do salitre que ela transporta e que corroi tudo quanto é metal.

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    1. É um topo de gama burro, foi é comprado usado.
      27mil euros não é muito? Tu vives em Portugal?
      ahh, fazes parte "daqueles"
      vai pó Brasil Malandro

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  2. Também concordo com o que diz o Luis Lavoura. Vi no Publico uma noticia que referenciava o blogue madespesapublica e fiquei interessado. Mas ao ver este tipo de posts, confesso que cheira um bocadinho de "caça as bruxas". E pena. :0(
    27.000 por este carro nao acho nada chocante. O que e chocante e o valor que o estado cobra em IA... mas isso ja e outra historia.

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  3. estao a gozar comigo? eu nao ando a pagar impostos para estes senhores andarem de carro com motorista. se quiserem usem o seu proprio carro ou entao andem de transporte publico como toda a gente. eu nao dou o direito de nenhum politico gastar o meu dinheiro (impostos) em luxos de qualquer especie.

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  4. Partem de um princípio errado, os dois primeiros comentadores, o de que os nossos impostos devem pagar mordomias; pois não devem! e este caso é má despesa pública. Esses carros, pagos por nós não servem só para trabalho, servem para passear a família e os amigos ao fim-de-semana, atitudes inaceitáveis, mas como o Estado não é pessoa de bem...

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  5. O problema não está no localização, está sim em gastar 27mil€ num carro de luxo que se vai degradar devido a condicionantes ambientais. Por esse dinheiro tinham comprado algo muito mais em conta. Tinha der um carro de luxo porque? Não servia um smart ou algo do mesmo estilo? Porque é que tem sempre de carros de luxo? Até agora o Má Despesa Pública tem vindo a fazer um excelente trabalho de divulgação de má gestão. Infelizmente os Tugas é que veêm sempre a coisa pelo prisma errado! Muitos nem se lembram que são eles com os seus impostos que pagam estes luxos. Devia haver uma lei que proibisse este tipo de coisas, pois é recorrente ver € muito mal gasto em viaturas.

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  6. Antes de ser um caso de má despesa pública é um caso de saloiice pública. Aquela coisa é uma pequena ilha, c'um raio! Não faz sentido haver lá carros destinados a auto estradas, a deslocações do tipo Portugal-Espanha, ou Lisboa-Porto, ou coisa que o valha. É um caso típico de ostentação parola. A Rainha da Dinamarca anda de bicicleta no seu dia a dia. Estes pacóvios são uns deslumbrados. 37 anos de ressaca da pobreza já chega, digo eu!

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  7. Isto não é nada, meus caros. Por circunstâncias profissionais várias, segui de perto as trocas de carros na Câmara de Cascais e outras Câmaras Municipais. E garanto que é um ver-se-te-avias em matéria de trocas de carros por esse país fora, todos os anos. Não são só estes 27 mil euros, são os euros todos somados que se gastam na opulência da carroçaria com que os autarcas (e não só, já agora andam embarcados por esse país fora.

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  8. Vivo na ilha do Faial. A cidade da Horta é o único município desta ilha. Esta ilha tem 15.000 habitantes. Esta noticia é quase correcta. Só não é mais correcta porque diz... Ano Novo Carro Novo. O ano é novo. O carro é que só agora acabou de se pagar. Esta viatura tem pelo menos 3 anos e nunca a vi nas estradas da ilha em passeios... Até porque o presidente da câmara gosta mais de TT.

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  9. Mais uma vez se critica uma despesa sem falar na relação beneficio/custo, nem na utilidade do gasto. Ninguém explica o essencial: o carro foi comprado para que efeito? É mesmo necessário? Se é necessário podia comprar-se um automóvel com melhor relação preço/ qualidade, de forma a que o custo total do bem fosse menor, incluído consumos e manutenção? Não sei dizer se foi uma despesa útil e correcta ou não, porque não há elementos para o efeito. Mas é triste ver que os meus compatriotas formam opinião e criticam os outros de ânimo leve, à laia dos nossos media. Mas os media eu compreendo, porque ganham com isso, o povo, esse, quanto muito, pode ganhar a possibilidade de descarregar a bílis. O que é engraçado é que raramente vejo atacar aquilo que é grave e realmente prejudicial. A fiscalização é necessária, porque há evidências de corrupção e má gestão em muita coisa, mas partir do principio que tudo e todos são incompetentes e corruptos, é um mau principio (imagine-se numa empresa ou governo em que fazem esse juízo de si, sem qualquer justificação. Gosta?). Alguns dos mesmos que agora são críticos inveterados, foram os que elegeram aqueles que nos levaram à banca rota. Estão atentos, para não deixar passar as formiguinhas, mas deixam passar os elefantes...

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