terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

É necessária muita fé



Teoricamente, existe separação entre Estado e Igreja. Depois, existem os passeios em que o dinheiro público é canalizado para levar eleitores aos santuários católicos. A Câmara de Espinho gastou 55 mil euros para, no ano passado, levar idosos ao Vaticano. Em 2010 foram a Lourdes.
No ano passado, o município da Póvoa do Lanhoso também foi a Fátima e levou muita gente, mas a gastar aos 100 mil euros por cada passeio a autarquia de Vila Nova de Famalicão deve ter levado muito mais.
O município de Vieira do Minho também não tem falhado, e o de Ribeira de Pena também foi em 2010, bem como Albergaria-a-Velha.
E existem os passeios mistos, como o da Câmara de Melgaço, em que os idosos foram ao Alentejo com uma inevitável paragem em Fátima ou o almoço-passeio da lisboeta Freguesia da Ajuda.
Em 2009, até vieram fiéis do Funchal.
São apenas exemplos de um “certo tipo” de turismo religioso.

2 comentários:

  1. Não se trata de ser turismo religioso ou não. Se as Camaras decidiram assim, é porque são os locais que as pessoas querem visitar. O problema é estarmos em austeridade e andarmos a fazer passeios caros, do bolso do contribuinte, seja qual for o local. Não é que a iniciativa não possa ter mérito, para idosos que, de outra forma, nunca iriam a lado nenhum, mas prioridades mais altas se levantam, como ajudar os idosos com a reforma minima a sobreviver, por exemplo.
    Eu não sou católico, mas respeito os que o são.

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  2. E assim distraem os idosos, que por momentos se esquecem da miséria do dia-a-dia... enquanto isso, "quem pode", mete mais algum ao bolso à conta disso...

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