quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O caso do Centro de Canoagem de Águeda





O Centro Municipal de Canoagem de Águeda custou entre 350 e 400 mil euros. Foi inaugurado em 2004 com pompa e circunstância. Um ano depois fechou portas porque foi construído em cima de terrenos que não eram propriedade da edilidade. 
Um leitor do Má Despesa faz o relato: "Hoje, este elefante branco (ou castanho neste caso) continua de portas fechadas. Está degradado, abandonado, velho e sem qualquer tipo de actividade. As causas para o encerramento prendem-se com o facto dos terrenos onde o centro foi construído pertencerem a uma herdeira que reclamou os terrenos para si. A Câmara Municipal, ou não sabia ou não quis saber de quem eram os terrenos, avançou com as obras. A herdeira avançou com uma providência cautelar. Entretanto, o tempo passou e a história ficou esquecida. Resta o centro de canoagem, que continua de pé, à espera de uma possível demolição ou utilização".

Em 2006, o ex-presidente da Câmara de Águeda foi acusado pelo DIAP de "não ter acatado uma diligência cautelar decretada pelo Tribunal de Águeda que foi entreposta por uma das herdeiras de um terreno onde foi construído o Centro Municipal de Canoagem de Águeda". No ano passado, a Câmara decidiu requerer a expropriação do terreno, com carácter de urgência. O montante a pagar pelo terreno está estimado em 84.354,35 euros.

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1 comentário:

  1. e não há um puto munícipe, ou colectivo deles, que os tenha eleito, ou não, e possa interpor contra a Câmara um processo de má gestão, mal versação dos fundos camarários/públicos, no sentido em que lesam os seus/nossos bolsos com estas atitudes levianas e DEVEM ser responsabilizados (e não só politicamente daqui a X anos)?!!
    É possível legalmente fazê-lo?

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