Lisboa prepara-se para receber mais um
museu. Desta vez é o “Museu do Judiciário” que acaba de ser
anunciado pela ministra da Justiça. Ficará instalado no antigo
Tribunal da Boa Hora, que volta para a esfera do Estado central após
um negócio de 6,5 milhões de euros. Mais um espaço “cultural”
na capital, a poucos metros de outro museu que está prestes a ser
inaugurado. Trata-se do Museu do Dinheiro, da responsabilidade do
Banco de Portugal – uma presença assídua neste blogue.
No livro Má Despesa Pública revelamos
outro caso curioso: o do Museu da Educação, previsto para ficar
também a poucos metros do Tribunal da Boa Hora (Chiado).
Estamos, portanto, a falar de três novos museus em Lisboa, pagos com
dinheiros públicos, a pouco mais de 50 metros de distância entre
si.
Aqui segue um excerto do livro Má
Despesa Pública, onde explica a génese do tal Museu da Educação: “A Parque Escolar pagou umas obras de recuperação
do Palácio Valadares (antiga escola Veiga Beirão), em Lisboa. (…)
Apesar da intervenção da Parque Escolar, o edifício não alberga
nenhum estabelecimento de ensino. Então, para que serviram as obras?
Para receber a exposição Educar – Educação Para Todos,
integrada nas Comemorações do Centenário da República. Só a
instalação dos conteúdos da exposição dedicada à Primeira
República, paga pela Parque Escolar, custou 161 746 euros. Agora,
com a obra feita, qual o destino a dar ao edifício? Apesar de nunca
se ter ouvido nenhum ministro da tutela falar sobre o assunto, a
Parque Escolar parece ter tomado a dianteira. Por 23 850 euros,
adjudicou no final de 2010 a «prestação de serviços de assessoria
para elaboração de um plano de negócios para o desenvolvimento do
Museu da Educação, no âmbito do projecto de restauro e
reabilitação do Palácio Valadares». Terá (mais) este estudo
ficado na gaveta?”
So many museums, so little time... :D
ResponderEliminarpara lutar contra estes disparates, proponho e faco referencia a sites como MAP para tentar que estes eleitores que herdamos abram os olhos- com um ja vejo qualquer coisa de modo que nao percamos a esperanca
ResponderEliminar