Ao que parece, os deputados deverão
ter, este ano, umas férias de Verão maiores. Por causa das eleições
autárquicas em Setembro, a reabertura dos trabalhos parlamentares,
normalmente a dia 15, poderá ser adiada. Nas duas últimas eleições
autárquicas (2005 e 2009), o Parlamento não fechou. Antes disso, o
encerramento era a norma. O vice-presidente da bancada do PSD, Luís
Menezes, diz ao Sol que a razão é outra: «Os partidos usam estes
momentos de campanha eleitoral para dar visibilidade aos seus
candidatos que são deputados». Este ano, há muitos deputados que
são candidatos nas autárquicas: até ao momento, são conhecidos
25. (Fonte: Sol)
Tendo em conta a possibilidade de haver
férias grandes no Parlamento, o Má Despesa apresenta já os
Trabalhos Para Férias (TPF) para os senhores deputados. É que há
muita coisa para fazer:
TPF1: Pressionar o Presidente da
República a publicar as contas e ajustes directos.
O Má Despesa denunciou esta situação no ano passado e destacou-a no livro Má Despesa Pública como um
caso de falta de transparência nas contas das instituições
portuguesas. No site da Presidência da República existia desde 2011
uma secção chamada Contratos que nunca teve qualquer informação. Este órgão de soberania chegou a garantir
à TVI24 que a situação iria ser corrigida. Como a
Presidência nunca mostrou interesse em partilhar essa informação,
a secção foi apagada.
TPF2: Descobrir que ONG recebem
dinheiro público
A organização não-governamental
(ONG) Centro Português para a Cooperação foi criada em
1996 de forma a obter financiamentos destinados a projectos de
cooperação que interessassem à empresa Tecnoforma, de Pedro Passos
Coelho. A ONG funcionava na sede daquela empresa de formação
profissional. Este caso, divulgado pelo jornal Público, chamou a
atenção para mais uma zona nebulosa na forma como é gasto o
dinheiro de todos nós. O Má Despesa quis saber quais as
transferências que o Estado, nos seus vários níveis da
administração, fez para as ONG nos últimos anos. Esta informação,
que devia constar numa simples lista, parece não existir de forma
sistematizada. O Má Despesa até escreveu à troika. Sem sucesso.
TPF 3: Exigir a divulgação dos
relatórios da Inspecção-Geral das Finanças
O Ministério das Finanças decidiu
deixar de
publicar os relatórios das acções de inspecção às câmaras
municipais, juntas de freguesia e empresas municipais. Desde
1995 que o acesso aos relatórios completos era livre para qualquer
cidadão. A Inspecção-Geral das Finanças (IGF) vai (?) passar a
publicar no seu site (alguns) resumos de pouco mais de 30 linhas dos
relatórios. E por causa disto, e porque até estamos em ano de
eleições autárquicas, o Má Despesa (na pessoa dos seus autores)
requereu o acesso à consulta dos referidos relatórios, por e-mail
dirigido ao responsável máximo da IGF, o inspector-geral José
Maria Leite Martins. Não chegou qualquer resposta. Os autores foram
à própria IGF tentar aceder aos relatórios. Não passaram da
secretaria mas deixaram outro requerimento. Tinha carácter
“urgente”. Até agora nada.
TPF4: Acabar com o "INATEL" dos senhores
deputados e funcionários
A Associação dos ex-deputados do
parlamento (AEDAR) e o Grupo Desportivo (GP) receberam nos últimos
cinco anos, do orçamento da Assembleia da República, cerca de 286 mil
euros. Este ano, a associação de ex-deputados recebeu 42,5 mil euros
e o grupo desportivo 15,2 mil euros. Um dos eventos organizados pelo
GDP consistiu num torneio de golfe na Quinta da Marinha... (Fonte:I). Depois, na agenda da AEDAR estão actividades como passeios a
Tomar e tertúlias com temas tão pertinentes como "Inovação
Aprende-se" ou "Como conviver com o seu
corpo". Alguém pode explicar porque levam estas duas entidades
com dinheiro que é de todos nós? Não existe já o INATEL para
estes fins, que é também público?
TPF5: Comparar a ementa da Assembleia com a dos parlamentos da Europa do Norte
No Parlamento nacional já se sabe como se come e quanto se paga. Na Escandinávia
também é assim? Os preços praticados têm paralelo com estes? Isto está a pedir a criação de um grupo de
trabalho para analisar a questão. Afinal, tudo pode passar de
demagogia de famélicos.
gostaria de fazer uns requerimentos porque considero urgente que os dignissimos entendam que devem urgentemente ser transparentes e ainda mais quando pedem os dados tem que os dar; ainda mais agora que estamos perto de poder julga-los saudavelmente com se deve fazer em democracia = votando em setembro.
ResponderEliminarfaciliat se puderem mostrem dicas para fazer os requerimentos e onde/enderessos se entregam
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