Há dias dávamos conta da obra Casa do Design, que a Câmara Municipal de Matosinhos quer construir. Este
concelho parece ser pródigo em edifícios dedicados à cultura que
não saem do papel. A Fundação de Serralves e o município de
Matosinhos decidiram em 2007 avançar com o Pólo Serralves 21.
Segundo o calendário original, a obra devia estar concluída em
2010. Em 2008 foi escolhido o atelier japonês SANAA, conhecido por
ter projectado o New Museum de Nova Iorque e o espaço Christian Dior
de Tóquio, para desenhar o Pólo Serralves 21. Os arquitectos em
causa receberam o prémio Pritzker em 2010.
Serralves 21 apresentava-se como um centro de arte polivalente, que conteria espaços
museológicos, galerias de exposições, espaço para reservas, um edifício
multifuncional para actividades didácticas e para serviços
administrativos e ainda um módulo exclusivamente destinado às Indústrias
Criativas. No entanto, em Outubro de
2010 repetiu-se uma história igual a tantas outras no mar das obras
públicas: foi cancelado o concurso internacional para a construção
do edifício, estimado em 42 milhões – por falta de financiamento.
Quem facturou com esta aventura? Pelo menos a Parque Expo e um
escritório de advogados?
O caso é contado em pormenor no livro “Má Despesa Pública”.
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