O rio Alviela nasce no concelho de Alcanena e a sua nascente "é uma das mais importantes do nosso país, chegando a debitar 17 mil litros por segundo, ou seja, 1,5 milhões de metros cúbicos de água por dia (pico de cheia). Desde 1880 até bem próximo da atualidade, a nascente do Alviela foi uma das principais fontes de abastecimento de água à cidade de Lisboa (através do Aqueduto do Alviela), e ainda hoje “abre portas” a um dos maiores reservatórios de água doce do país." A bacia do Alviela é partilhada pelos concelhos de Alcanena, Golegã, Porto de Mós, Santarém e Torres Novas. A poluição deste rio é um filme antigo e controverso. Em 2008, Moita Flores, na qualidade de edil de Santarém, apresentou o “Estudo de Recuperação do ecossistema do rio Alviela” para concluir que as principais fontes poluidoras do rio eram as industrias agro-pecuárias de Santarém e Alcanena e que tinham de recorrer ao QREN para financiar as obras necessárias à resolução do problema. No ano seguinte, em 2009, a Administração da Região Hidrográfica do Tejo (ARH Tejo),as autarquias da região, o INAG e os industriais dos curtumes assinaram um protocolo de colaboração e investimento para a salvaguarda do ecossistema fluvial do Alviela. Em 2010, o jornal O Ribatejo noticiava que o então presidente da ARH Tejo garantia que as restrições orçamentais impostas pelo PEC não afectariam o financiamento e que os fundos comunitários estavam "garantidos por decisão política do Ministério do Ambiente". Chegados a 2014 nada de relevante foi feito e ainda ontem ficámos a saber que houve mais uma descarga no Alviela , que desde Março de 2011 não são publicados relatórios sobre a execução do protocolo assinado em 2009 e que os fundos comunitários inicialmente previstos para despoluir o rio terão sido desviados para outros projectos (fonte: Público).
Sem comentários:
Enviar um comentário