Chegados a 2014, o Má Despesa não se cansa de chamar a atenção para os Estaleiros Nacionais de Viana do Castelo (ENVC). Já no livro "Má Despesa Pública" (2012) relatámos um dos negócios que mais nos surpreenderam: o navio Atlântida, encomendado e depois recusado pela empresa pública açoriana Atlânticoline. Durante anos os jornalistas estiveram impedidos de entrar nos ENVC e o programa Sexta às 9 da RTP 1 visitou-os recentemente. A reportagem deve ser vista por todos (no link: http://www.rtp.pt/play/p1047/e138459/sexta-as-9-ii ), pois além de mostrar imagens do luxuoso Atlântida, cuja manutenção é suportada pelos ENVC (só o seguro custa mais de 400 mil euros/ano), conta-nos, entre outras coisas, que estamos perante uma empresa pública falida tecnicamente há mais de uma dúzia de anos e com um passivo superior a 300 milhões de euros e que, apesar de se encontrar desactivada, conta com 609 trabalhadores que todos os dias olham para 19 milhões de material para dois navios por construir. Relembra-nos também que o material da contrapartida do tal negócio dos submarinos- avaliado inicialmente em 250 milhões de euros - não passou dos 40 milhões na última reavaliação. E por falar nisto, aproveite para ver as imagens do ministro Paulo Portas a prometer a salvação dos Estaleiros... há 10 anos. O Má Despesa tem um nome para aquilo que foi feito por todos os responsáveis envolvidos na gestão dos ENVC nos últimos anos (incluindo ex-ministros) mas remete-se ao silêncio pois não tem tempo para ser processado.
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