quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Quanto custa Anselmo Ralph?


“Anselmo Ralph é o artista que em Portugal vende mais discos e cobra mais caro pelos seus concertos”, escreveu Miguel Cadete, director da revista Blitz. Mas quanto é que, afinal, custa às entidades públicas um concerto com este artista angolano? A avaliar pelo Base, onde constam, até ao momento, apenas dois contratos explícitos com o artista, os preços variam entre os 40 mil euros pagos pela Câmara de Almada para actuar no festival Sol da Caparica e os 43 mil euros de uma empresa municipal de Olhão (concertos com entrada paga). No caso de Cascais, cujo concerto de Anselmo Ralph tanto deu que falar, encontra-se no Base um ajuste directo no valor de 195 mil euros, mas que engloba todos os concertos gratuitos das Festas do Mar (Ala dos Namorados, André Sardet, Mikkel Solnado, Miguel Ângelo, Olavo Bilac, Aurea, entre outros). 

10 comentários:

  1. Não é o artista mais caro em Portugal.

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  2. Vá saber quanto custa Tony Carreira....

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  3. Por estas e por outras é que as autarquias estão falidas ou quase.
    Não aceito que as autoridades, deixem que as autarquias para camuflar as despesas, mais "incompreensíveis" para os cidadãos, camuflem a despesa desta maneira e outras, ainda menos honestas.

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  4. Já dizia o Presidente do Real Madrid, o Cristiano Ronaldo foi o jogador que nos ficou mais barato. Não se pode dizer se a contratação do Anselmo é cara ou barata, se não soubermos o valor do retorno para a entidade que o contratou, parece-me básico.

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    1. Caro Anónimo:
      Saia do anonimato, vai ver que não custa nada..., portanto, infinitamente menos do que o cachet do Anselmo Ralph.
      Diga-me lá uma coisa? Qual é o retorno para as câmaras quando contratam os artistas para darem «circo» aos munícipes?
      Pior, quando ao mesmo tempo não lhes dão «pão».
      Eu sei bem do que falo, pois vivo num município que deixa um prédio legal, numa zona urbana, a escorrer o esgoto a céu aberto durante 5 meses por avaria da bomba elevadora, mas que contratou recentemente, de uma assentada, Herman José, os UHF e Paulo Gonzo para as festas de uma vila do concelho que nem é a sede do município.
      Devo dizer que o prédio onde tal se passa é de construção legal, tem mais de 20 anos, mas foi construído abaixo da cota de ligação à rede de esgotos.
      Entretanto, a urbanização da zona cresceu e já é possível fazer a ligação à referida rede de esgotos há 15 anos. Para isso é preciso um ramal de 100 metros. Nada, não há dinheiro.
      E há bastantes exemplos semelhantes no concelho e apenas a 4 km ou menos da sede do município: bairros inteiros sem rede de esgotos mas onde, ao mesmo tempo, os munícipes pagam a taxa de ARD (Águas Residuais Domésticas) no recibo da água. Isto é, pagam um serviço que não lhes é fornecido, pois quando chamam a cisterna da câmara para lhes esvaziar as fossas sépticas pagam também cerca de 45 euros.
      Surreal? Completamente. Resposta do presidente: se os munícipes requererem a isenção da taxa de ARD é-lhes dada. É como se eu pagasse uma taxa de um iate de luxo que não tenho (mas podia ter) e tivesse que ir requerer isenção às Autoridade Tributária e Aduaneira.
      E neste «pão» que a minha Câmara não dá aos munícipes para lhes dar «circo» (com o dinheiro dos nossos impostos, pois sempre teve a taxa de IMI mais alta do país desde que existe (2003), excepto nos últimos 2 anos, que é quase máxima: 0,48 e 0,47 em 0,50 possível), conta-se também as estradas degradadas e muitos outros mimos.
      E pensa que é nos confins de Trás-os-Montes ou na serra do Caldeirão?
      Na raia beirã ou alentejana?
      Em Palmela, meu caro, num dos municípios mais ricos do país, com uma indústria florescente (já ouviu falar na Autoeuropa, e nas firmas afins que gravitam à sua volta, entre muitas outras empresas industriais bem conhecidas) e com uma actividade agrícola vinícola igualmente florescente.

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    2. Claro que é básico, o anormal é o pagamento ser feito por todos os Tugas e o retorno ser somente para alguns. É com dizeres desses que se tapa os olhos a malta

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  5. Eu pergunto-me por que motivo o Estado não deixa as festas e eventos musicais para a iniciativa privada. Não só o AR, mas TODOS.

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  6. Estas iniciativas devem ser sempre para os privados! Retorno financeiro???? para quê ou para quem? Não abram a pestana não.......Defendo a musica, sendo essa considerada cultura??!! Onde estão os nossos maravilhosos artistas????

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  7. «Eu pergunto-me por que motivo o Estado não deixa as festas e eventos musicais para a iniciativa privada. Não só o AR, mas TODOS.»

    Sou algarvio e na minha zona, nos anos 80, havia dois grandes pavilhões para bailes e eventos, um deles já vinha dos tempos do Estado Novo e o outro era recente. Por ali passaram nessa época Marco Paulo, Dino Meira, as Doce e outros artistas portugueses populares da época. Os cachets não eram exorbitantes, e os bilhetes eram acessíveis. Nas vilas e aldeias havia vários salões de baile onde actuavam grupos locais com regularidade, havia sempre baile no Carnaval, 1 de Maio, Páscoa, 1 de Maio, bailes de Verão...

    Curiosamente os donos dos maiores pavilhões de eventos desistiram do negócio logo no início dos anos 90 na mesma altura em que as autarquias começaram a oferecer concertos de borla e a organizar algumas festividades, que até então eram da responsabilidade da paróquia e de comissões de festas locais. Os bailaricos das vilas e aldeias também morreram, em parte por culpa do monstro Estado.

    Hoje em dia os dois espaços onde eram feitos os concertos estão abandonados mas a experiência do passado demonstra que se não fosse o Estado poderia haver um mercado dinâmico e rentável no sector do entretenimento levado a cabo pela iniciativa privada.

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  8. Não entendo uma coisa no base gov aparece um contrato de 7 de julho de 2014 com o Municipio de angra do heroismo contrato para um concerto de anselmo ralf de 25 000, 00 € e no dia 21 de julho de 2014 aparece um contrato com a camara de almada de 40, 000.00 € caramba a inflaçao em almada é galopante ou os camaradas andam ai a fazer das suas

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