segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O Tribunal de Contas não quer ver isto?



Almada é a rainha dos almoços, como bem sabem os leitores do Má Despesa. E gosta deles temáticos. Na semana passada foi publicado o ajuste directo do almoço -e "lanche ajantarado"- que a autarquia oferece anualmente aos professores aposentados. Este ano foram mais de 19 mil euros (19.270,00 €), fora IVA. No ano passado este convívio temático foi bem mais económico e custou menos de metade (6.504,00 € + IVA).  Só resta saber se o Tribunal de Contas vai demorar muito até avisar o município de Almada que "em rigor, a lei não impede tais confraternizações, o que não consente é que elas sejam pagas com dinheiro dos contribuintes, que naturalmente está afectado à prossecução do interesse público, (...)", tal como já declarou a propósito de jantares de Natal oferecidos por outras entidades públicas. 

6 comentários:

  1. Como é que o Tribunal de contas, que não viu os milhões de prejuízo das PPP, vai agora ver estas miudezas?

    Com o que se preocupam no Tribunal de contas é se os funcionários se atrasam a picar o ponto e se os pareceres têm dezenas e dezenas de páginas e de palavras caras para impressionar...

    Para quando a reforma do Tribunal de contas?

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    1. Alguem telefonou e atendeu a sra limpeza que informou que só de tarde; há eles de manha não trabalham? resposta: não eles de manhã não vêm. de tarde é que não trabalham

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  2. Caros:
    Sabem qual é o distrito (entre os 22 incluindo as ilhas) que tem a média do IMI (de todas as câmaras de cada distrito) mais alta?
    E desde que este imposto existe, isto é, desde 2003?
    Pois, é o de Setúbal, dominado pelo partido (11 câmaras em 13) que mais protesta contra o esbulho fiscal do governo.
    Sabem se o novo Acordo Ortográfico eliminou a palavra COERÊNCIA?
    Se há jarras, almoços, relógios de ouro, etc., tem de haver impostos altos.
    E sabem porque é que o IMI é o imposto mais injusto?
    Porque leva à esmagadora maioria das pessoas entre 1/2 e mais de 1 ordenado; porque incide sobre um bem que é um direito constitucional - o direito à habitação – adquirido com tanto esforço e que por vezes demora quase uma vida a pagar aos bancos através do empréstimo.

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    1. Excelente visão. Seria interessante começar a taxar forte e feio também o automóvel pois não é um direito constitucional. Também não vejo mal nenhum a autarquia pagar jantaradas a professores aposentados, acho que as pessoas andam com a crise muito mesquinhas. Querem comparar? Dois metros (2 metros) da autoestrada transmontana servem e sobram para custear o dito jantar dos professores.

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  3. Isto é pura compra de votos para o futuro.
    Haja dinheiro ou crédito, que logo aparecem os políticos para o seu esbulho.
    E não há por onde escolher, os despesistas são de todas as cores e partidos.

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  4. Com o sistema politico vigente e que 90% dos eleitores sanciona com o voto = a carreira politica é feita visando um lugar e benesses inerentes , claro que não se ganham eleiçoes se não se forem distribuindo uns almoços, passeios, terços, bonés enfim "prendas" por aqui e por ali.
    Quando os eleitores quiserem nomear gente que vai para lá para defender o bem comum e que publicitou bem como pensa das camaradagens que o "sistema" naturalmente tem tendencia a criar, então que deixem de votar sempre nos mesmos haja que banca rota houver.até a nivel de freguesia ou concelho se conta que benesses se pode vir a ter de ir ou ajudar a ir para lá (áo Costa só faltou a maquina de fazer nevoeiro na festa da vitoria)

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