Personalidade do Ano: Alberto João
Jardim
Antes de ser conhecido o buraco
orçamental da Madeira, o Má Despesa escreveu à troika para
denunciar o despesismo do governo regional. Os exemplos não faltam e
o presidente do governo fica na história de 2011 pelas piores
razões. Em 2012, cabe aos madeirenses pagar a conta.
Autarquia do Ano: Oeiras
As despesas absurdas parecem não ter
fim: desde esculturas a 1,2 milhões de euros até livros com
discursos do presidente Isaltino Morais pagos pelos contribuintes.
Instituto Público do Ano (ex-aequo):
Agência Nacional para a Qualificação e Instituto de Financiamento
da Agricultura e Pescas
Agência Nacional para a Qualificação
e o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas. Os dois casos
são tão gritantes que é impossível escolher. Aqui encontram-se
exemplos de como o dinheiro público serve para pagar corridas, banda
desenhada e até palácios.
Prenda do Ano: Relógios de ouro
Qual agenda, caneta ou almoço. As
melhores prendas são as da Câmara Municipal de Almada, que oferece
relógios de ouro aos seus funcionários. O caso foi denunciado pelo Má Despesa e chegou à imprensa.
Compra do Ano: Estádio do Leixões e
do Leça
As autarquias parecem ter sempre
dinheiro que sobra para ajudar os clubes da terra. Ao longo do ano
fomos divulgando vários casos. Mas a compra da Câmara
de Matosinhos dos estádios do Leixões e Leça por 6,3 milhões de
euros é exemplar.
Momento de Propaganda do Ano:
Presidente do INATEL pagou para ser entrevistado
Não só foi confirmado pelo próprio
como garantiu que voltaria a fazê-lo. Depois de denunciado pelo Má Despesa foi notícia nos jornais.
Denúncia de Má Despesa do Ano: Carta
dos Trabalhadores do INATEL
Um documento chocante com todos os
pormenores sobre os favorecimentos, indícios de corrupção e má
gestão no INATEL. Num país normal o caso já estaria no DIAP.
Passagem de Ano do Ano: Madeira
Em pleno Verão o Má Despesa
denunciava sozinho o luxo que seriam as festas de passagem de ano da Madeira. Escrevemos até à troika. Passado uns meses o assunto chega
às televisões.
Festa do Ano: Açores
A Festa Açores, realizada pelo governo
regional aquando da Bolsa de Turismo de Lisboa, custou quase 150
mil euros. Tudo por uma festa na discoteca Urban Beach.
Luxo do Ano: Cadeiras de Serpa
Serpa pagou 891,50 euros por cada uma das 43 cadeiras dos Paços de Concelho.
Boy do Ano: André Wilson da Luz Viola
O motorista de 21 anos que ganha 1.600
euros.
Mistério do Ano: O financiamento do
BPP à Presidência da República
O caso foi apresentado aqui, mereceu
contactos do Má Despesa para o Palácio de Belém, mas ninguém nos respondeu. O Museu da Presidência tem como financiador o falido BPP.
Portugal no Seu Melhor (ex-aequo)
Aqui foi impossível escolher apenas
um. Escolhemos o caso das
três ligações em auto-estrada separadas por dez quilómetros e
os dois museus de arte contemporânea que estão a ser construídos a
poucos quilómetros de distância em S. Miguel.
Bom Exemplo do Ano: Câmara de
Montalegre
Montalegre é um dos concelhos mais
pobres e com maior superfície do país. Mesmo assim tem a dívida
a zero e com dinheiro em caixa para o ano seguinte. Segundo o
presidente da Câmara, trata-se de “uma conta de gerência
histórica, precisamente por, pela primeira vez, não incluir dívidas
a fornecedores a pagar no ano seguinte”. O autarca realça que “a
Câmara tem vindo a reduzir todos os anos a dívida, quer a de longo
prazo às instituições bancárias, quer a dívida pendente a
fornecedores”. Segundo o autarca, “na Câmara de Montalegre não
há exageros no número de pessoal, nem nos cargos dirigentes, antes
pelo contrário, nalguns casos, com certas injustiças para alguns
bons funcionários...só há três políticos a tempo inteiro na
Câmara, não há motorista do Presidente nem assessores, chefes de
gabinete...” Em Montalegre só se faz “obras prioritárias para
as quais consiga arranjar dinheiro, mas continuar o grande
investimento na promoção, na cultura, na educação e na acção
social, porque estas são as áreas mais importantes e as que mais
poderão contribuir para o bem-estar das populações, para a criação
de riqueza e de emprego na região” (fonte: Lusa)
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Parabéns pelo excelente trabalho realizado. Faço votos para que continue a denunciar os abusos de gente que gosta de se armar com os dinheiros públicos. Esta posta merece referência no Ondas3 de amanhã. Bem haja.
ResponderEliminarDeviam ser todas como a câmara de Montalegre... e como não o são! O contribuinte é que se lixa. SEMPRE.
ResponderEliminarque se lixem as elei... ops!! os contribuinte.
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