A reorganização administrativa das
freguesias de Lisboa, com o consequente aumento de competências e
reforço dos orçamentos das juntas de freguesia, merece maior
escrutínio por parte dos cidadãos. Não faltam exemplos
preocupantes. Há dias, dávamos conta da situação que se vive em
Campolide. Pelo menos duas pessoas que integravam a lista do PS que
concorreu à Junta foram contratadas para prestarem serviços…
à mesma Junta. Como se não chegasse, foi contratada por 56 mil
euros uma empresa, constituída um mês antes, para gerir as queixas dos fregueses. Um leitor do Má Despesa, ainda a propósito de
Campolide, deixou um aviso na caixa de comentários: “E que dizer
do sistema de contratações ao nível da revista da junta, e de
serviços como o apoio escolar?”
Vamos a outro caso. A Junta de
Arroios, a tal que tem um site todo moderno, edita um jornal, tem marca própria e até um canal de televisão online, acaba de lançar… uma revista trimestral de 24 páginas
quadrilingue (português, francês, inglês e chinês). Tem uma
tiragem de 30 mil exemplares, basicamente um exemplar para cada
freguês. E quanto custa este luxo na freguesia que, provavelmente, tem o maior número de sem abrigo de Lisboa? Ninguém sabe. Como o Má Despesa
alerta há meses, Arroios não publica qualquer contrato no Base e o
site da instituição não presta qualquer informação financeira.
Aliás, a última acta da Assembleia de Freguesia data de Junho.
Na
novíssima freguesia do Parque das Nações, a aventura continua. Não há
qualquer contrato publicado no Base.
Só a passividade ou o demissionismo dos munícipes permitem a falta de escrutínio que leva os autarcas a despautérios como este.
ResponderEliminarAs coisas estão a ficar muito aceleradas. Será do cheiro a poder? Votem caros cidadãos que a crise vai acabar
ResponderEliminarContinuará até à indigência total.
ResponderEliminarUm autêntico escândalo! Os organismos públicos deveriam ser informados e punidos por essas omissões.
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