segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Os Prémios da Má Despesa em 2011


Personalidade do Ano: Alberto João Jardim
Antes de ser conhecido o buraco orçamental da Madeira, o Má Despesa escreveu à troika para denunciar o despesismo do governo regional. Os exemplos não faltam e o presidente do governo fica na história de 2011 pelas piores razões. Em 2012, cabe aos madeirenses pagar a conta. 


Autarquia do Ano: Oeiras
As despesas absurdas parecem não ter fim: desde esculturas a 1,2 milhões de euros até livros com discursos do presidente Isaltino Morais pagos pelos contribuintes.

Instituto Público do Ano (ex-aequo): Agência Nacional para a Qualificação e Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas
Agência Nacional para a Qualificação e o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas. Os dois casos são tão gritantes que é impossível escolher. Aqui encontram-se exemplos de como o dinheiro público serve para pagar corridas, banda desenhada e até palácios.


Prenda do Ano: Relógios de ouro
Qual agenda, caneta ou almoço. As melhores prendas são as da Câmara Municipal de Almada, que oferece relógios de ouro aos seus funcionários. O caso foi denunciado pelo Má Despesa e chegou à imprensa.

Compra do Ano: Estádio do Leixões e do Leça
As autarquias parecem ter sempre dinheiro que sobra para ajudar os clubes da terra. Ao longo do ano fomos divulgando vários casos. Mas a compra da Câmara de Matosinhos dos estádios do Leixões e Leça por 6,3 milhões de euros é exemplar. 
 

Momento de Propaganda do Ano: Presidente do INATEL pagou para ser entrevistado
Não só foi confirmado pelo próprio como garantiu que voltaria a fazê-lo. Depois de denunciado pelo Má Despesa foi notícia nos jornais.

Denúncia de Má Despesa do Ano: Carta dos Trabalhadores do INATEL
Um documento chocante com todos os pormenores sobre os favorecimentos, indícios de corrupção e má gestão no INATEL. Num país normal o caso já estaria no DIAP.

Passagem de Ano do Ano: Madeira
Em pleno Verão o Má Despesa denunciava sozinho o luxo que seriam as festas de passagem de ano da Madeira. Escrevemos até à troika. Passado uns meses o assunto chega às televisões.

Festa do Ano: Açores
A Festa Açores, realizada pelo governo regional aquando da Bolsa de Turismo de Lisboa, custou quase 150 mil euros. Tudo por uma festa na discoteca Urban Beach.

Luxo do Ano: Cadeiras de Serpa
Serpa pagou 891,50 euros por cada uma das 43 cadeiras dos Paços de Concelho.

Boy do Ano: André Wilson da Luz Viola
O motorista de 21 anos que ganha 1.600 euros.

Mistério do Ano: O financiamento do BPP à Presidência da República
O caso foi apresentado aqui, mereceu contactos do Má Despesa para o Palácio de Belém, mas ninguém nos respondeu. O Museu da Presidência tem como financiador o falido BPP.

Portugal no Seu Melhor (ex-aequo)
Aqui foi impossível escolher apenas um. Escolhemos o caso das três ligações em auto-estrada separadas por dez quilómetros e os dois museus de arte contemporânea que estão a ser construídos a poucos quilómetros de distância em S. Miguel.


Bom Exemplo do Ano: Câmara de Montalegre
Montalegre é um dos concelhos mais pobres e com maior superfície do país. Mesmo assim tem a dívida a zero e com dinheiro em caixa para o ano seguinte. Segundo o presidente da Câmara, trata-se de “uma conta de gerência histórica, precisamente por, pela primeira vez, não incluir dívidas a fornecedores a pagar no ano seguinte”. O autarca realça que “a Câmara tem vindo a reduzir todos os anos a dívida, quer a de longo prazo às instituições bancárias, quer a dívida pendente a fornecedores”. Segundo o autarca, “na Câmara de Montalegre não há exageros no número de pessoal, nem nos cargos dirigentes, antes pelo contrário, nalguns casos, com certas injustiças para alguns bons funcionários...só há três políticos a tempo inteiro na Câmara, não há motorista do Presidente nem assessores, chefes de gabinete...” Em Montalegre só se faz “obras prioritárias para as quais consiga arranjar dinheiro, mas continuar o grande investimento na promoção, na cultura, na educação e na acção social, porque estas são as áreas mais importantes e as que mais poderão contribuir para o bem-estar das populações, para a criação de riqueza e de emprego na região” (fonte: Lusa)

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3 comentários:

  1. Parabéns pelo excelente trabalho realizado. Faço votos para que continue a denunciar os abusos de gente que gosta de se armar com os dinheiros públicos. Esta posta merece referência no Ondas3 de amanhã. Bem haja.

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  2. Deviam ser todas como a câmara de Montalegre... e como não o são! O contribuinte é que se lixa. SEMPRE.

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  3. que se lixem as elei... ops!! os contribuinte.

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